Governador do Piauí descarta lockdown e nega que estado passa por 2ª onda

01/12/2020 14h32

Fonte G1 PI

O governador Wellington Dias (PT) descartou que haja planejamento de decretar lockdown, o conjunto de medidas de fechamento e isolamento em razão da pandemia de Covid-19. Em entrevista coletiva por vídeo-conferência, o governador negou que o estado esteja passando por uma segunda fase de aumento de casos do coronavírus.

Segundo os dados do consórcio dos veículos de imprensa divulgados nesta segunda-feira (30), o Piauí é um dos estados em que o número de mortes por Covid-19 está em queda, apresentando a variação de -37% em comparação à média de 14 dias atrás. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, até esta segunda o Piauí havia registrado 127 mil casos confirmados. Ao todo, 2634 pessoas faleceram no Piauí vítima de Covid-19.

"A meta que estabelecemos é evitar uma situação em que a gente precise chegar ao extremo, como é o caso de decretar um sistema de lockdown", disse o governador.

O governador disse ainda que foi elaborado o plano estadual de vacinação contra o coronavírus, e que deve haver vacina em cada um dos 224 municípios do Piauí.

O médico José Noronha, coordenador do comitê emergencial Covid-19, explicou durante a entrevista coletiva que o plano foi elaborado com base nas informações preliminares divulgadas sobre as vacinas, que estão em fase de testes, e deve sofrer alterações conforme for implantado.

Óbitos e casos confirmados em queda

O governador explicou que a média de casos confirmados e de mortes por Covid-19 tem apresentado tendência de queda. Segundo ele, o estado registrou 36 óbitos por dia no pico da pandemia, em julho, e na última semana, a média registrada foi de 6,1 mortes por dia.

“Chegamos a ter 36 mortes por dia, em julho. Fechamos a última semana com média de 6 mortes por dia. Ontem foram 10, no dia anterior, foram 3… ou seja, temos queda no número de óbitos por dia. Ainda nos incomoda, mas é num número reduzido”, disse.

Ainda segundo o governador, o estado aumentou o fluxo de testes nas últimas semanas, o que teria causado um crescimento no número de casos confirmados.

“Ampliamos o número de testes por de uma segunda onda. Então, tivemos sim um aumento do número de confirmações. E desse crescimento, destaco a centralização em algumas regiões onde lá atrás a presença de pessoas infectadas estava muito baixa. A região de Corrente, por exemplo”, explicou.
 

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