Governador do Piauà lamenta 500 mil mortes pela Covid e pede vacinas
20/06/2021 13h53Fonte G1 PI
Imagem: ReproduçãoGovernador do Piauí lamenta 500 mil mortes pela Covid e pede vacinas
O governador Wellington Dias (PT) lamentou, em vídeo divulgado em suas redes sociais neste sábado (19), a marca de 500 mil vidas de brasileiros perdidas para a Covid-19. Ele disse ainda que é fundamental acelerar a compra de imunizantes para garantir a imunização dos brasileiros.
Além de lamentar as vidas vitimadas pela doença, o governador destacou a dor das pessoas que perderam entes queridos e amigos para a Covid.
"Não é só um número, trata-se de seres humanos, são pessoas com histórias, são artistas, profissionais urbanos, rurais, homens, mulheres, daqueles que ficaram aqui, abalados com a perda de seus entes queridos. Esposas, esposos, filhos, filhas, netos, amigas, fãs... É disso que se trata", declarou.
O governador disse ainda que, para que mais mortes sejam causadas pela doença, é fundamental que mais pessoas sejam vacinadas contra a Covid no país. Ele destacou ainda a importância do fim do que chamou de "burocracia" na aquisição dos imunizantes.
“Precisamos garantir vacina, variadas vacinas para mais vacinação. Não podemos ter a burocracia ganhando do pacto pela vida. A vida tem que estar em primeiro lugar. Até em memória das pessoas que perderam suas vidas, nós temos que neste instante trabalhar para salvar as vidas que aqui ainda estão”, disse.
A Covid-19 já fez mais de meio milhão de vítimas em 459 dias, desde que chegou ao Brasil em março de 2020. No início da tarde deste sábado (19), o total de mortos chegou a 500.022, e o de casos confirmados, a 17.822.659.
A média geral é de mais de 1 mil mortos por dia, mas o ritmo variou e subiu bastante desde o começo de 2021. No pior momento, em abril, chegamos a registrar média móvel semanal acima de 3 mil mortos diários; nos últimos dias, voltamos a ver essa média bater a marca de 2 mil vidas por dia, o que preocupa diante da lenta evolução nos números de vacinados.
Os números levam em conta novos dados divulgados por Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Os demais estados não atualizaram as informações sobre casos e mortes até as 14h deste sábado (19).
A marca dos primeiros 100 mil óbitos no Brasil foi atingida quase 5 meses – 149 dias – após a primeira pessoa morrer pela doença no país. Dos 100 mil para os 200 mil, passaram-se outros 5 meses – 152 dias. Já para chegar aos 300 mil, foram necessários somente 76 dias, período que caiu quase pela metade quando chegamos a 400 mil em mais 36 dias.
Agora, de 400 mil a 500 mil mortes o salto se deu em 51 dias, evidenciando que a queda no ritmo de mortes não foi tão significativa assim passado o pior momento.
A média móvel de novas mortes está em alta e, na sexta-feira (18), bateu a marca de 2 mil pelo terceiro dia seguido. A tendência de novos casos também está em alta e, na sexta, o país registrou o recorde de diagnósticos positivos registrados em um único dia desde o início da pandemia: 98.135. (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da pandemia).
Em números totais, o Brasil segue como o segundo país com mais mortes por coronavírus registradas, atrás apenas dos Estados Unidos -- que esta semana superou a marca de 600 mil vítimas. A Índia aparece em terceiro, com mais de 380 mil óbitos.
Situação de alerta
Alguns fatores geram alerta para a perspectiva da doença no país.
A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Brasil, medida pelo Imperial College de Londres, subiu esta semana e está em 1,07. Isso significa que cada 100 pessoas com o vírus no país infectam outras 107.
O ritmo de vacinação segue baixo; foram poucos os dias em que o país registrou mais de 1 milhão de vacinados em 24 horas, meta declarada pelo governo ainda em março. Agora, a Fiocruz já calculou que seria necessário vacinar em média cerca de 1,7 milhão de pessoas por dia para atingir toda a população até o fim do ano.
Há apenas cerca de 11% da população vacinada com as duas doses das vacinas e o presidente Jair Bolsonaro declarou intenção de desobrigar o uso de máscaras para quem já se vacinou ou pegou a doença no passado, o que é duramente criticado por especialistas diante da situação atual.
Também segue caótica a situação no sistema de saúde brasileiro. O último boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado na quinta-feira (17), mostra que a ocupação dos leitos de UTI está em situação "crítica" em 18 estados e no Distrito Federal.
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