Grevistas pedem suspensão de calendário acadêmico, mas UFPI nega

18/08/2015 08h10


Fonte G1 PI

Um grupo de professores e servidores técnicos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) realizou na manhã desta segunda-feira (17) um ato em frente à reitoria da instituição. Em greve, eles foram pressionar pela suspensão do calendário acadêmico no momento em que ocorria a reunião do Conselho Universitário, mas a administração superior da instituição decidiu por manter o planejamento do segundo semestre.

 A UFPI se pronunciou pela não suspensão do calendário.

Imagem: Gustavo Almeida/G1Grupo passou a manhã em frente a reitoria da Universidade Federal do Piauí.(Imagem:Gustavo Almeida/G1)Grupo passou a manhã em frente a reitoria da Universidade Federal do Piauí.

De acordo com o diretor de relações sindicais da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi), Alexis Leite Bezerra, a ida até a frente da reitoria foi uma forma de mostrar que a categoria está atenta às discussões e de cobrar a suspensão das atividades acadêmicas na instituição.

"Viemos aqui para mostrar que estamos atentos. Eles não querem suspender o calendário acadêmico por causa da pós-graduação, mas ela também está sendo prejudicada com os cortes que vem sendo feitos na educação. Até agora os avanços nas negociações foram muito diminutos"
, falou.

Os professores cobram reposição salarial de 27,3%, a fixação de uma data-base para o mês de maio, a contratação de mais docentes e uma série de outras reinvindicações. Ainda de acordo com Alexis Leite, mesmo que o Orçamento da União seja aprovado sem incluir as reinvindicações da categoria isso não significa que a greve vai ter fim.

"O governo vai tentar empurrar até a aprovação do orçamento da União, mas se ele for aprovado sem contemplar as nossas reivindicações não quer dizer que os professores voltem. Se isso ocorrer, a categoria vai se reunir e discutir. Tudo depende de uma série de entendimentos",
afirmou.

Em greve há uma semana, os professores têm até mesmo o apoio de alguns estudantes da universidade. Mesmo sem poder assistir aula devido ao movimento grevista, o acadêmico de medicina Hudson Valente, 23 anos, também foi até a frente da reitoria apoiar o pedido de suspensão do calendário.

"Eu apoio a suspensão porque a maioria está em greve e mesmo assim alguns insistem em dar aula e fica uma situação complicada. Diante disso eu apoio, porque com a suspensão os estudantes ficam protegidos de não serem penalizados com faltas no período da greve. Além disso, é uma oportunidade de cobrarmos pautas estudantis", disse.

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