Homens foram torturados por 12 horas e depois mortos, diz delegado
02/03/2016 07h38Fonte G1 PI
“Em mais de 20 anos de polícia, nunca vi um caso tão monstruoso como esse”, afirmou o delegado Willame Moraes, gerente de policiamento do interior do Piauí, ao falar sobre o duplo homicídio ocorrido no dia 15 de fevereiro desse ano na cidade de Miguel Alves, a 110 km ao Norte de Teresina, quando dois homens foram encontados esquartejados.
Por conta desse crime, nesta terça-feira (01) as polícias Civil do Piauí e do Maranhão prenderam sete pessoas suspeitas de terem participado e cometido os homicídios. Segundo as investigações, as mortes ocorrereram por vingança.
De acordo com o delegado Willame, as vítimas permaneceram vivas por mais 12 horas e durante todo esse tempo foram torturadas e logo depois assassinadas. “Os dois mortos tiveram as orelhas arrancadas, mãos e pés decepados, além dos olhos perfurados. Não conformados, os criminosos ainda retiraram as vísceras das vítimas. Foi um crime cruel, ou seja, característico de vingança mesmo”, relatou.
As vítimas, Sabino Neto Cardoso dos Santos e Leonardo Vieira Silva, foram sequestrados de dentro da delegacia de Buriti, no Maranhão, no dia 13 de fevereiro. Eles estavam presos poque eram suspeitos de ter assasinado o empresário piauiense Kaleu Torres durante o carnaval na cidade de Buriti, também no Maranhão.
Sequestro
A polícia maranhense informou para a Polícia Civil do Piauí que um casal chegou à delegacia querendo fazer o registro de uma ocorrência, mas ao perceber o pouco efetivo o homem e a mulher renderam o policial e sequestraram os dois presos que estavam ali por suspeita de terem matado um empresário identificado como Kaleu Torres, durante uma festa de carnaval.
Prisões
Uma operação conjunta das polícias Civil do Piauí e do Maranhão prendeu na madrugada desta terça-feira (1º) sete pessoas acusadas de envolvimento no sequestro de dois homens de dentro da delegacia de Buriti do Maranhão e que foram assassinados posteriormente em Miguel Alves, no Piauí.
Foram cumpridos sete mandados de prisão entre os dois estados, sendo duas mulheres e cinco homens. De acordo com a investigação, uma das mulheres esteve envolvida diretamente na retirada dos presos da delegacia e no assassinato, enquanto outra apenas deu suporte à fuga. Já os cinco homens estão envolvidos no homicídio das vítimas.
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