Homossexuais protestam contra proibição de doar sangue
31/01/2011 13h53Fonte Acesse PiauÃ
O grupo Matizes e a Liga Brasileira de Lésbicas (LBL) realizam na manhã dessa segunda-feira (31), na sede do Hemopi, um protesto que faz parte da campanha “Nosso sangue pela igualdade”.O grupo contesta uma resolução feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibindo que homens gays e bissexuais doem sangue, considerando a classe um grupo de risco do HIV.
A travesti Laura Lear vê a proibição da Anvisa como puro preconceito e discriminação e diz que muitos homens homossexuais perdem assim a chance de ajudar muita gente que precisa do sangue. “Fiquei surpresa quando soube que estava proibida de doar sangue. É muito preconceito das autoridades, acho que eles não sabem que nós nos prevenimos. Quando não era uma travesti assumida doava sangue e ninguém contestava. Mas quando resolvi me assumir não pude mais” declarou.
O grupo contesta uma resolução feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibindo que homens gays e bissexuais doem sangue, considerando a classe um grupo de risco do HIV.
A travesti Laura Lear vê a proibição da Anvisa como puro preconceito e discriminação e diz que muitos homens homossexuais perdem assim a chance de ajudar muita gente que precisa do sangue.
“Fiquei surpresa quando soube que estava proibida de doar sangue. É muito preconceito das autoridades, acho que eles não sabem que nós nos prevenimos. Quando não era uma travesti assumida doava sangue e ninguém contestava. Mas quando resolvi me assumir não pude mais” declarou.
A Coordenadora Geral do Grupo Matizes, Marinalva Santana, afirma que a proibição não se sustenta e que o Ministério da Saúde deveria rever os seus critérios de análise do sangue doado ao invés de proibir.
“Acho que eles estão atrasados. Proibir que os gays doem sangue não adianta nada, pois hoje em dia não são só os homossexuais que contraem o vírus da Aids, os “heteros” também. Tenho certeza que a sociedade ficou perplexa com essa proibição” afirmou.
Hoje mais cinqüenta pessoas entre militantes do movimento LGBT, parceiros do movimento familiares irão doar sangue e se cadastrarão para doar medula. Segundo Marinalva o Brasil deveria seguir o exemplo da França que desde 2007extingui a proibição.
“França deu fim a proibição de homens gays e bissexuais doarem sangue após tomar consciência e equipar todos os hemocentros com mecanismos eficazes na analise do sangue doado. Deram fim a esse preconceito. No Brasil a proibição está em descompasso com a realidade” finalizou.