IML e Instituto de CriminalÃstica paralisam atividades por 24 horas no PI
25/03/2015 08h11Fonte G1 PI
Imagem: Catarina Costa / G1Profissionais de IML e Instituto de Criminalística paralisam atividades.
Peritos criminais, médicos e odonto legistas cruzaram os braços e paralisaram as atividades nesta terça-feira (24) nos Instituto de Criminalística e Instituto Médico Legal de Teresina, Bom Jesus, Campo Maior, Parnaíba e Floriano. Os profissionais reclamam dos cortes no pagamento de condições de trabalho, além das falta de estrutura, materiais e pessoal.
Segundo o médico legista Tadeu Silveira, o movimento vai durar 24 horas e apenas os atendimentos de presos e corpo delito serão realizados normalmente. Entre os serviços afetados estão de necropsia e remoção de corpos.
"Queremos chamar a atenção para abrir um canal de negociação com a Secretaria de Administração. Vamos cumprir o que determina a lei. Caso haja todos os equipamentos necessários para necropsia, elas serão feitas, assim como qualquer outra perícia. Estamos aqui para trabalhar, agora não vamos aceitar uma situação ilegal, dormir em alojamentos com péssimas condições, ficar em local insalubre. Ninguém pode expor sua saúde, mas o que estiver em plenas condições será feito", declarou o médico.
De acordo com a categoria, a gratificação de R$ 1.200 era um direito garantido desde 2009 e foi retirado em janeiro deste ano sem aviso prévio. "Há 40 dias estamos tentando marcar uma reunião com o secretário de administração, mas sem sucesso. Interessante é que a condição especial de trabalho foi retirada do nosso contra-cheque e no caso dos delegados incorporada", revelou o perito Waterlloo Dias.
Os profissionais denunciaram a falta de materiais básicos como: bisturis, luvas cirúrgicas, serras, facas e laternas. Além do serviço de limpeza suspenso há seis meses e constantes alagamentos no IML. "Nós temos que limpar os laboratórios e banheiros", contou.
Eles também reclamam do déficit de pessoal. Atualmente o Piauí conta apenas com 33 médicos-legais, sete odonto-legal e 60 peritos criminais, quando o ideal seria pelos menos 110 peritos, 60 médicos e 20 odonto, de acordo com o Estatuto dos Policiais Civis do Estado.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, o secretário Fábio Abreu se encontra em reunião com o diretor do Instituto Médico Legal e não tem ainda um posicionamento sobre as reivindicações da categoria.
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