Incêndios em vegetação no Piauà dobraram em um ano; agosto já registrou 470 focos
09/08/2021 14h19Fonte G1 PI
Imagem: ReproduçãoInpe registra quase 500 focos de incêndio no território do Piauí nos 8 primeiros dias de agosto
O Piauí registrou, em 2021, o dobro da quantidade de focos de incêndio em comparação com o mesmo período de 2020, segundo o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe). A publicação é desta segunda-feira (9).
Enquanto no ano passado foram 1.017 focos entre janeiro e agosto, em 2021 já são 2.193. Isso representa um aumento de 116% e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos atribui a responsabilidade da grande maioria das queimadas à ação humana.
O Inpe registrou, apenas nos primeiros oito dias de agosto deste ano, 470 fogos de incêndio no Piauí. O registro coloca o estado como o oitavo estado brasileiro e o segundo do Nordeste com maior número de focos de queimada em agosto.
Em comparação ao mês anterior, entre 1 e 8 de julho de 2021, quando foram registrados 83 focos de incêndio no estado, houve um aumento de 466%. Segundo o instituto, no Piauí a previsão é de tempo firme, sem chuvas e com temperaturas de até 40° C entre segunda e terça-feira (10).
Ainda segundo o Inpe, há risco crítico de incêndio nesta segunda-feira (9) em praticamente todo o Nordeste e em boa parte do território brasileiro. Os estados que lideram a lista de focos de incêndio ficam todos a oeste do Piauí. São eles: Acre, Amazonas, Rondônia, Pará, Tocantins e Maranhão.
Conforme dados do Inpe computados até julho de 2021, o Cerrado foi a região mais atingida por focos de incêndios, com cerca de 34 mil quilômetros destruídos nos primeiros sete meses do ano.
Fogo causado pelo homem
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar), quase todos os incêndios que ocorrem no território piauiense são causados pela ação do ser humano. As atividades que mais causam os focos de incêndio são:
- Caça ilegal de animais silvestres;
- Queimadas provocadas para limpar terrenos e fazer pastos;
- Retirada de mel de forma rudimentar.
“Temos sim pessoas que são responsabilizadas, mas isso geralmente ocorre quando vem uma denúncia e se vai investigar”, explicou a secretária.
Segundo ela, a Semar tem investido em treinamento de brigadas municipais de combate a incêndios e em trabalhos educativos com as comunidades, para que os agricultores possam fazer as queimadas necessárias com segurança para as pessoas e a natureza.
“Estamos fazendo treinamentos para que as prefeituras possam emitir autorizações de queima controlada, para que, caso essas queimadas tenham que acontecer, que aconteçam sob determinados critérios”, disse a secretária.
Para ler mais notícias do FlorianoNews, clique em florianonews.com/noticias. Siga também o FlorianoNews no Twitter e no Facebook