João de Deus avaliou como positiva a audiência com o presidente da Eletrobras-PiauÃ
18/04/2013 15h54Fonte ALEPI
O deputado João de Deus (PT) destacou a audiência pública realizada ontem (17), com a presença do presidente da Eletrobras-Piauí, Marco Aurélio Madureira, para discutir os investimentos da empresa no Piauí, que obteve ampla repercussão na imprensa local. O deputado disse que a Cepisa não vem recebendo investimentos desde a sua federalização e há um déficit “do tamanho do mundo”.“Quando o Lula assumiu, as privatizações saíram do foco e a Eletrobras passa a receber aporte de recursos para tentar capitalizar a empresa. Porém, se há investimentos e a Eletrobras-Piauí não consegue atender a demanda, com energia de qualidade, há alguma coisa errada”, avaliou o deputado.
João de Deus questionou se os investimentos anunciados pelo presidente da Eletrobras vão mesmo acontecer. “Foi colocado o problema da rede, dos isoladores e dos transformadores, que são problemas pontuais, mas que vem trazendo transtornos constantes para as pessoas. Setores da imprensa levaram o governador Wilson Martins a fazer comentários sobre a suposta colocação do presidente da Eletrobras-Piauí, que teria colocado a culpa em São Pedro. Isso não aconteceu. Eu não entendi assim. Dizer que o presidente responsabilizou os raios é um equívoco. É verdade que a Eletrobras-Piauí precisa proteger essa rede... Essas questões foram levantadas, daí a importância de ouvir o gestor maior e canalizar as sugestões para que elas sejam colocadas em prática”.
João de Deus entende que a discussão não se encerra “no ontem”, apenas colocou frente a frente as duas partes: quem tem a responsabilidade de fazer e quem receber as ações. “Se a gente olha: ele entregou para Deus o problema, é como se a gente encerrasse a discussão. Não. Vamos buscar as soluções para os problemas aqui levantados”.
Evaldo Gomes pediu a palavra para dizer que a audiência não foi produtiva. “Tivemos um debate semelhante no ano passado e não houve nenhum avanço. Pelo contrário, em Teresina a situação ficou pior. Não falo do programa Luz Para Todos, mas da situação na capital. Existe uma reclamação enorme da população por conta da queda de energia. Nãoi vi aqui o presidente culpar os raios por essa situação, mas eu noto que falta gestão. Se houve investimento, se houve recurso e a situação não avança, é porque falta gestão. O presidente colocou que o governo federal fez investimentos e há previsão de mais recursos, mas falta gestão”.
Gomes também comentou as críticas do governador Wilson Martins à direção da Eletrobras-Piauí. “O governador fez um comentário que não devia, induzido pela pergunta do repórter. Ao invés de criticar, o governador deveria era convidar o presidente da Eletrobras para uma conversa. Temos a Agespisa com os mesmos problemas e o governo esquece que tem um problema grave dentro da casa dele e ele não resolve. Privatizar não é a saída”.
João de Deus afirmou que a sua avaliação é outra. “A minha leitura é outra. A audiência foi positiva. A Eletrobras-Piauí precisa dar a resposta na questão da manutenção e das pequenas intervenções, que podem ser mínimas, mas que quando se somam trazem transtornos para muita gente. Só o fato de a Eletrobras dar uma resposta para a sociedade já é positivo. Essa comunicação foi importante. Se de um lado nós captamos a informação, ele captou outra. Ele sabe que houve uma cobrança, não só desta casa, mas da sociedade aqui representada pelas lideranças comunitárias. Ele sentiu o que a população está cobrando. Ele percebeu que as medidas adotadas anteriormente não resolveram o problema. E vai reavaliar. Acredito que a direção da empresa fará essa avaliação para saber onde está o erro”.
João de Deus reagiu à proposta de privatização de empresas públicas. “Tudo que é publico não presta. Eu não concordo com isso".
A deputada Nize Rego (PSB) também avaliou como positiva a audiência. “Foi muito bom o presidente da Eletrobras-Piauí ouvir as reclamações da população. A Eletrobras e a Agespisa não acompanharam o crescimento da demanda... Houve um encontro semelhante na APPM e as reclamações lá foram as mesmas”.
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