Júri popular absolve empregada acusada de matar ex-primeira-dama de Lagoa do SÃtio
15/09/2018 07h20Fonte CidadeVerde.com
A empregada doméstica Noêmia Maria da Silva Barros foi absolvida pelos jurados do Tribunal do Júri, da Comarca de Valença-PI, do homicídio qualificado contra a primeira-dama de Lagoa do Sítio, Gercineide de Sousa Monteiro Rabelo, praticado em fevereiro de 2015. Noêmia foi julgada na quinta (13) e absolvida por 4 a 0.Além da empregada doméstica, o ex-prefeito José de Arimateas Rabelo, o Zé Simão, também havia sido absolvido do crime em júri realizado em Oeiras em junho deste ano.
O juiz Juscelino Norberto da Silva Neto, que presidiu o julgamento, disse que a decisão dos jurados foi soberana. Para o advogado de Noêmia, Dimas Batista, a justiça ainda não foi completa, pois ele espera um novo julgamento do ex-prefeito após recurso do Ministério Público, que recorreu da decisão de absolvição.
“O Ministério Público de Oeiras entrou com um recurso dizendo que os jurados decidiram contrários as provas dos autos. Eu entendo que foi a mesma coisa - as provas são provas periciais - como é que as provas dizem que ela morreu entre uma e uma e meia e ele disse que falou com ela seis horas?”, questionou o advogado.
Dimas Batista comemora essa decisão e afirma que sua cliente, respondendo o processo em liberdade desde 2016, agora quer recomeçar sua vida.
"Ela sofreu demais com tudo isso, foi uma verdadeira condenação. Agora ela quer recomeçar sua vida e não quer saber de indenização de nada, só quer levar uma vida normal”, conclui.
O Cidadeverde.com entrou em contato com a defesa do ex-prefeito, e o advogado Nazareno Thé informou apenas que vai aguardar o posicionamento da Justiça em relação ao recurso. "Tudo que eu tinha para dizer sobre esse caso já foi dito até o julgamento, e agora vamos aguardar para ver o que o Estado vai decidir", pontuou.
Entenda o caso
Gercineide de Sousa Monteiro Rabelo, de 35 anos, foi encontrada morta dentro de sua casa, em cima da cama no dia 10 de fevereiro de 2015. Inicialmente, acreditava-se que a primeira-dama teria sido vítima de um infarto fulminante, mas a perícia da Polícia Civil apontou que ela foi assassinada com um tiro na cabeça e indiciou como autores o ex-prefeito e a empregada da família Noêmia Barros.