Justiça concede prisão domiciliar a irmãs suspeitas de participação na morte de homem na frente das

15/10/2022 09h55


Fonte G1 PI

Imagem: Ilanna Serena/g1Tribunal de Justiça do Piauí, em Teresina.(Imagem:Ilanna Serena/g1)Tribunal de Justiça do Piauí, em Teresina.

A Justiça concedeu prisão domiciliar para Precilla Ferreira Pereira Fernandes e Patrícia Ferreira Pereira Fernandes. A informação foi confirmada pelo delegado Marcelo Leal, gerente de policiamento do interior. As duas são suspeitas de participação no assassinato de João Rodrigues Neto Dias na frente das filhas, em São Raimundo Nonato.

Precilla e Patrícia são irmãs de Paulo Ferreira, apontado como autor intelectual do homicídio. Seis pessoas foram indiciadas pelo homicídio qualificado de João Rodrigues, marido da secretária municipal do trabalho e assistência social, Valdenia Costa.

O crime foi motivado por vingança, após a morte do pai dos mandantes do crime em um acidente de trânsito envolvendo João Rodrigues Neto, mas o laudo concluiu que ele não teve culpa.

Últimas prisões

No dia 5 de outubro, a Polícia Civil cumpriu as prisões dos irmãos Precilla Ferreira Pereira Fernandes e Luiz Ferreira dos Santos Neto, após o Ministério Público entrar com representação pela prisão preventiva deles.

"Ambos sabiam e incentivaram o crime. Precilla interagia na comunicação com os envolvidos, favorecendo a empreitada criminosa e Luiz igualmente a ela garantiu a pistoleiros (outro consultado que recusou e o que efetivamente aceitou) o pagamento pelo serviço",
revelou o delegado Marcelo Barreto.
Indiciados

Ao todo, seis pessoas foram indiciadas por homicídio qualificado de João Rodrigues. Os indiciados são os irmãos Paulo Ferreira Pereira e Patrícia Ferreira Pereira Fernandes, que, conforme a investigação, teriam encomendado o crime, após ele se envolver em um acidente de trânsito com o pai dos acusados.

O marido de Patrícia, identificado como Mauro; o suspeito de ter executado o crime para receber R$ 5 mil, Juniel Assis Paes Landim; o motorista que teria levado Juniel até o local para matar a vítima, que não foi identificado; e o homem que escondeu a arma, Juliermes Braga Paz Landim, também foram indiciados.

Segundo o delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Lucy Keiko, os acusados teriam passado dias observando o cotidiano da vítima para planejar e executar o crime. Todos eles estão presos.

A denúncia aponta duas circunstâncias qualificadoras para o crime: (1) promessa de pagamento; (2) recurso que dificultou a defesa da vítima – uso de emboscada.

“A vítima foi executada friamente, com quatro disparos de arma de fogo. A motivação advém de inconformismo. Os acusados, a par dos mecanismos legais, tentaram que concluíssemos [o processo] da forma como eles queriam. Ancorados em provas técnicas, não só oitivas de pessoas, concluímos pelo não indiciamento do João. Então havia esse processo de vingança sendo trabalhado", comentou o delegado Marcelo Barreto.

Tópicos: crime, acusados, indiciados