Justiça decreta prisão preventiva de filho suspeito de matar mãe a pedradas em Teresina
30/06/2021 14h13Fonte G1
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O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) converteu em prisão preventiva, na terça-feira (29), a prisão em flagrante de Willame José da Silva pelo homicídio qualificado de Maria das Graças Pereira da Silva, sua mãe, na noite de segunda (28). A vítima tinha 70 anos e morreu a pedradas dentro de casa, na Zona Sul de Teresina.
A decisão do juiz Markus Calado Schultz informou que a irmã do suspeito, Carmosina Maria, escutou a mãe gritar: "me dê a chave de casa Willame, eu quero sair, a casa é minha".
Ainda de acordo com o relato, logo após os gritos, Carmosina ouviu barulho de pancadas, foi até o local e chegou a ver o irmão dar o último golpe na cabeça da mãe, que já estava no chão sem vida.
"A filha clamou por socorro aos vizinhos, que conseguiram cercar o autuado durante tentativa de fuga, na posse de pedras possivelmente empregadas como instrumento do crime", descreveu o documento.
Carmosina informou que teme por sua vida e pediu medidas protetivas de urgência contra o irmão em seu favor. O pedido foi atendido pelo juiz.
Willame está proibido de se aproximar da irmã e dos familiares dela pelo limite mínimo de 300 metros, além de não poder ter contato com ela ou seus familiares por telefone/WhatsApp e não poder chegar perto da casa de Carmosina.
A Defensoria Pública solicitou a liberdade provisória do suspeito ou prisão domiciliar, caso a preventiva foi decretada. As solicitações foram negadas pelo magistrado.
O juiz argumentou, na decisão, que converteu a prisão em preventiva devido ao "justo receio de que, em liberdade, [o suspeito] possa causar risco à ordem pública".
Em nota, a defensoria informou que visa resguardar a integridade física do custodiado e verificar se há possibilidade do cidadão responder o processo em liberdade.
"Os pedidos são submetidos ao Poder Judiciário, que decidirá sobre a manutenção da prisão, concessão de liberdade ou aplicação de medida diversa da prisão", explica o comunicado.
O órgão afirmou que sua atuação visa garantir o acesso do custodiado, indiciado ou acusado, a defesa técnica, assegurada a todas as pessoas pela Constituição.
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