Justiça do PI nega liberdade para três acusados pela morte de PM do Bope
26/01/2017 15h46Fonte G1 PI
A Justiça do Piauí negou pedido de revogação de prisão preventiva para três, dos oito, acusados pela morte do policial militar Claudemir Sousa, assassinado com oito tiros quando saia de uma academia na Zona Sul de Teresina, crime ocorrido no dia 6 de dezembro do ano passado. A decisão do juiz Thiago Aleluia Ferreira foi publicada no acompanhamento processual eletrônico do dia 24 de janeiro.Nos autos, os advogados de José Roberto Leal da Silva (apontado pela Polícia Civil como intermediário para a contratação dos atiradores), Igor Andrade Sousa e Weslley Marlon Silva (ambos acusados de terem negociado o homicídio) alegaram que seus clientes têm bons antecedentes, residência fixa, ocupação lícita, dentre outros argumentos, para pedir liberdade para os suspeitos.
Em sua decisão, o juiz Thiago Aleluia foi de encontro aos argumentos dos defensores. “Existem sérios indícios de que os autuados, caso postos em liberdade, possam voltar a cometer outros delitos, posto que, considerando a consulta no sistema themis web percebe-se que Igor Andrade de Sousa e Weslley Marlon Silva respondem a outros procedimentos criminais em Varas da Comarca de Teresina/PI, induzindo-se assim uma inclinação dos autuados para o cometimento de crimes, bem como o desprezo ao estado de direito, a ensejar a ideia segundo a qual uma vez solto voltará a delinquir”, escreveu em trecho do documento.
O G1 tentou contato com os advogados dos três suspeitos, mas ninguém foi encontrado para comentar a decisão.
Em sua manifestação, o Ministério Público do Piauí deu parecer negativo para a revogação da prisão de José Roberto Leal da Silva. Para o MP, a liberdade para o indiciado representaria perigo para o transcorrer do processo.
Além dos três citados, outras cinco pessoas foram denunciadas pelo MP pelo assassinato de Claudemir. Tanto a investigação da Polícia Civil, quanto o Ministério Público apontam que os acusados Leonardo Ferreira Lima e Maria Ocionira Barbosa de Sousa, que mantinham um relacionamento amoroso e eram parceiros em supostas fraudes ao INSS, encomendaram a morte da vítima. A denúncia aponta que Claudemir havia retornado há menos de um mês para Teresina, e tencionava reatar o namoro com Maria Ocionira, chegando, inclusive, a pedi-la em casamento.
A peça do MP defende que, temendo que a reaproximação prejudicasse sua relação amorosa e financeira, os acusados planejaram o homicídio, ofereceram R$ 20 mil aos executores. A negociação foi intermediada pelo acusado José Roberto Leal da Silva, conhecido como Beto Jamaica, que contatou Weslley Marlon Silva, Francisco Luan de Sena e Igor Andrade de Sousa para estabelecer os termos da contratação.
A investigação mostra também que coube a Weslley Marlon Silva e a outro acusado, Flávio Willame da Silva, a tarefa de executar a vítima. A denúncia aponta ainda Thaís Monait Neris de Oliveira, que, junto com Francisco Luan de Sena, serviram como “olheiros”.
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