Justiça manda Cepisa reintegrar 42 funcionários demitidos

01/02/2019 12h06


Fonte CidadeVerde.com

Imagem: Ascom / SintepiClique para ampliarJustiça manda Cepisa reintegrar 42 funcionários demitidos.(Imagem:Ascom / Sintepi)

A juíza Thania Maria Bastos Lima Ferro, da 1ª Vara do Trabalho de Teresina, determinou na tarde da última quinta-feira (31) que a Equatorial Energia reintegre 42 trabalhadores que foram demitidos após a empresa assumir a direção da distribuidora piauiense.

A decisão fixa multa diária no valor de R$ 2 mil, até o limite de R$ 400 mil. A decisão impede também que a Equatorial demita mais funcionários. A ação foi impetrada pelo Sindicato dos Urbanitários do Piauí (Sintepi), assim que a Equatorial assumiu o comando da distribuidora.

A justificativa do Sindicato é que está em vigor, até 30 de abril, um Acordo Coletivo de Trabalho, que é nacional e foi assinado ainda em 2017, e que está acima da venda da distribuidora.

Segundo o Sindicato informou, as demissões têm ocorrido de forma irregular, sem justa causa e sem motivação.

A Coluna Economia & Negócios entrou em contato com a assessoria de Comunicação da Equatorial e aguarda retorno.

Em janeiro, o presidente da Cepisa, Nonato Castro, afirmou que foram demitidos cerca de 60 funcionários desde que a Equatorial assumiu a distribuidora, em outubro de 2018. Ele explicou que está sendo feito na empresa uma análise geral do quadro de funcionários.

"Tem muita gente sem fazer nada porque não tem o que fazer. Aqui eu tenho 1 milhão e 300 mil clientes [consumidores] e mais de 2 mil funcionários. No Pará, eu tenho 2,8 milhões de clientes e pouco mais de 1 mil funcionários", comparou Nonato Castro.

O presidente disse ainda que há salários superiores a R$ 35 mil e que a média salárial é de R$ 12,6 mil, o que ele considerou "insustentável".

Nonato Castro citou como exemplo de postos que devem ser cortados o caso de uma secretária da diretoria da distribuidora piauiense morando em Brasília. "Além disso, tem gente aposentada recebendo ticket alimentação e adicional de periculosidade, que são benefícios pagos para quem está na ativa", revela o presidente.

Na ocasião, Nonato Castro disse ainda que as demissões devem continuar.

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