Laboratório de DNA promete reduzir demanda de perícias no PI

02/01/2019 10h34


Fonte CidadeVerde.com

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarLaboratório de DNA promete reduzir demanda de perícias.(Imagem:Divulgação)

O Piauí aderiu oficialmente no dia 26 de dezembro, à Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos-RIBPG (perfis de DNA), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Com isso, o Estado passa a dispor de tecnologia para compartilhar informações entre laboratórios de perícia sobre vestígios e suspeitos de praticar crimes. Além do Piauí, outros 4 estados ainda estavam fora da rede.

Com o início das atividades do laboratório de DNA do Piauí, a Secretaria de Segurança acredita na diminuição substancial na demanda de perícias forense, que chega a mais de mil só de crimes sexuais, por exemplo.

"A gente tem uma demanda muito grande para as essas perícias, no entanto, a gente consegue realizar pouquíssimas através de convênios com outros estados. Esse ano a gente conseguiu realizar cerca de 20 casos apenas, numa demanda que a gente tem de mil crimes sexuais, 80 ossadas sem identificação, além de 400 vestígios oriundos de cenas de crimes. A gente tem essa demanda represada e não consegue dar conta de todas. Tendo nosso laboratório vamos dar mais rapidez nos resultados de perícias envolvendo vestígios biológicos", destacou a perita criminal, Adilana Soares.

Segundo ela, são R$ 3 milhões em equipamentos doados pela Senasp para o laboratório. "Através desse projeto nós conseguimos ganhar todos os equipamentos para montar nosso laboratório de genética forense. Serão cerca de R$ 3 milhões em equipamentos. Já iniciamos o recebimento desses equipamentos e até abril vamos iniciar nossas atividades relacionadas a perícias em genética forense", afirma, destacando que apenas 5 estados estão fora da rede.

Identificação de criminosos

Outra função do laboratório será a identificação de criminosos através do perfil genético. "Esse projeto visa fazer que os cinco estados que não possuem o laboratório em pleno funcionamento, passem a ter e integrar a rede e, assim, contribuir com mais perfis genéticos para a rede", explica a perita.

No último dia 13 de dezembro, o Instituto de Criminalista iniciou processo de coleta de dados genéticos de presos no sistema penitenciário do Estado do Piauí. O material fará parte do banco nacional de dados.

De acordo com a perita, serão trabalhados três tipos de perfis. "Os ligados a condenados - permitido através da lei 12.654/12 -, os perfis oriundos de cenas de crimes, como os coletados em vítimas de estupro, por exemplo, e os perfis de desconhecidos, pessoas desaparecidas - que tanto vai de perfil de familiar como de restos mortais de pessoas não reconhecidas", explica.

A Rede foi criada em 2009 por uma iniciativa conjunta do Ministério da Justiça e Secretarias de Segurança dos estados e já reúne mais de 2.500 perfis genéticos.

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