Laudo confirma que criança foi abusada, diz conselheiro tutelar

03/05/2016 07h57


Fonte G1 PIO conselheiro tutelar Djan Moreira confirmou

Imagem: G1 PICaso está sendo investigado pela DPCA Piauí(Imagem:G1 PI)Caso está sendo investigado pela DPCA Piauí

O conselheiro tutelar Djan Moreira confirmou para o G1 nesta segunda-feira (2) que a criança que morreu com suspeita de intoxicação foi abusada sexualmente e estava infectada com vírus HPV (human papilomavirus). “Os resultados desses exames já estão em posse da Polícia Civil e eles confirmam que a criança foi abusada e estava com HPV na garganta”, disse complementando ainda que o líquido ingerido pela criança não continha veneno.

Imagem: Catarina Costa/G1Clique para ampliarDjan Moreira, conselheiro tutelar, está acompanhando o caso.(Imagem:Catarina Costa/G1)Djan Moreira, conselheiro tutelar, está acompanhando o caso.

No dia 28 de abril morreu a criança de 10 anos que estava internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) há 15 dias. Ela foi hospitalizada com suspeita de intoxicação e tortura que teria sido praticada em uma suposta cerimônia religiosa. Um dia antes de vir a óbito, profissionais do HUT suspeitaram do abuso e pediram uma perícia para Serviço de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (Samvis).

Os pais da menina prestaram depoimento nesta segunda-feira na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). “Não sei quem fez isso com a minha filha e só posso falar mais com autorização do meu advogado”, se limitou a dizer a mãe da criança ao ser perguntada sobre quem poderia ter praticado o abuso contra sua filha.

A titular do caso, delegada Tatiana Trigueiro, disse que não vai se pronunciar até que as investigações tenham terminado. Para o conselheiro tutelar Djan Moreira, os pais da vítima devem ser responsabilizados pelo o que aconteceu a filha. “O Conselho defende que a mãe e o pai sejam presos, porque a menina era menor de idade e eles eram os responsáveis por ela. Ela foi torturada, ingeriu um líquido estranho e foi abusada sem que eles saibam explicar como tudo isso aconteceu”, afirmou.

O conselheiro disse também que o laudo, que examinou um líquido que teria sido ingerido pela menina dias antes da internação, descarta a presença de veneno. Segundo ele, outros exames estão sendo realizados com a bebida para determinar a composição exata do líquido.

Imagem: Catarina Costa/G1 PIClique para ampliarDelegado Geral Riedel falou sobre investigação.(Imagem:Catarina Costa/G1 PI)

Autópsia

O delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista confirmou que foi realizada uma autópsia no corpo da criança e que só vai se pronunciar após a análise da perícia. “Com os laudos da autópsia, de um exame de sangue que vai determinar ou não a presença de veneno e do líquido que a menina ingeriu, com isso, vamos saber se ela morreu por ingestão do líquido ou alguma doença preexistente”, disse ele.


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