Levantamento aponta que, em um mês, 193 pacientes vieram a óbito no HUT

13/05/2015 13h40


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarLevantamento aponta que, em um mês, 193 pacientes vieram a óbito no HUT.(Imagem:Cidadeverde.com)

Pacientes reclamam da superlotação e falta de estrutura para atendimento de pacientes no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Desde o mês de março, a unidade de saúde passa por reforma e o espaço físico foi reduzido em 30%. Levantamento da Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí (Sotapi) aponta que em um mês, somente no posto 1,que tem capacidade para 16 pacientes, 193 vieram a óbito, no período de abril a maio.

“As pessoas estão amontoadas e os profissionais de saúde que trabalham no local estão sofrendo também, pois estão sem condições materiais, sem número adequado de profissionais. Com isso, aumenta o número de pacientes que estão mais sujeitos a infecção hospitalar e muitos evoluem para mortes, que poderiam ser evitadas. As autoridades precisam entender que precisamos dar um basta nisso hoje. Também temos que saber como está a denúncia feita no ano passado, quando ocorreram 500 mortes em três meses. O que as autoridades estão fazendo?”, interroga Kelson Nobre, presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí.

Imagens enviadas por telespectadores da TV Cidade Verde mostram pacientes acamados dividindo o mesmo espaço com cadáveres, corredores e UTIs lotados, entre outros problemas.

O diretor geral do HUT, Gilberto Albuquerque, explica que o posto 1 é o setor do HUT com pacientes mais graves e o número de óbitos é acompanhado pelo Ministério da Saúde e por uma comissão da própria unidade de saúde.

“O número de pacientes que morrem em um determinado hospital depende das características daquele hospital. Como no HUT os pacientes são de maior gravidade é normal que o registro de óbitos seja maior, mesmo assim, é igual a média registrada nos 40 maiores hospital do país”,
afirma Albuquerque.

O diretor ressalta ainda que a conclusão da reforma no hospital, prevista para terminar em seis meses, será antecipada e as obras não têm tido interferência nos registros de óbitos.

“Não teve alteração. Os pacientes do pronto atendimento estão sendo atendidos em outros setores do hospital. No posto 1 ficam os pacientes de maior gravidade e há toda uma equipe preparada para atender os pacientes”, reitera o presidente.


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