Mais de 58% da população apta do Piauà não tomou dose de reforço da vacina contra Covid-19
17/03/2022 12h00Fonte G1 PI
Dados da Secretaria de Saúde do Piauí mostram que até a manhã desta quinta-feira (17), 58,4% da população elegível do estado - 2 milhões de pessoas - não voltou para completar o esquema de vacinação com a dose de reforço contra a Covid-19. De acordo com os especialistas, a efetividade da vacina só acontece com o esquema completo, com as três doses e o risco é de "uma epidemia de não vacinados".Ainda segundo a Sesapi, 64,43% da população em geral está com a caderneta de vacinação atrasada. Em números apresentados pelo Vacinômetro, no estado, foram aplicadas 1.167.176 de doses de reforço.
Até o momento, 99,61% da população elegível tomou a primeira dose, 87,07% tomou a segunda e apenas 41,58% completou o esquema vacinal.
Imagem: Divulgação/Prefeitura de GurupiVacina contra Covid-19
O secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, reforça a importância da população voltar para completar o esquema vacinal. No Piauí, dos 224 munícipios, apenas 51 estão com 50% da população com o quadro de vacinas completo.
“A imunização só se dá com o ciclo vacinal completo, primeira, segunda e dose de reforço”, reforçou o secretário.
Pandemia de não vacinados
Segundo o professor do Núcleo de Estudos em Saúde Pública (Nesp) Osmar Cardoso, como mostra o Vacinômetro, cerca de 2 milhões de piauienses estão em risco, já que não completaram o esquema.
“Um percentual de pessoas muito alto está em risco já que a ômicron só consegue ser bloqueada, vamos dizer assim, pra quem tem a terceira dose, por tanto, essas pessoas estão em risco, é um risco menor, mas elas estão em risco de ficar doentes. Obviamente os que não tomaram a vacina e estão completamente não vacinados têm um risco muito maior e eles são os que são mais internados atualmente", explicou o professor.
Ainda segundo o professor, a taxa de mortalidade com o surgimento da ômicron diminuiu, e esta queda é resultado da ampla campanha de vacinação.
“Como a ômicron passou ou está passando, a gente teve muitas pessoas que ficaram doentes mas uma taxa de mortalidade muito baixa porque a vacina na realidade protege do agravamento e não do adoecimento, então essa faz toda diferença”, finalizou Osmar.
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