Mais de 800 empresas fecharam este ano no Piauí, diz Junta Comercial

17/09/2016 08h35


Fonte G1 PI

Pela primeira vez, desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passou a fazer o levantamentos de abertura e fechamento de empresas, o saldo ficou negativo, com decréscimo de 4,6%. O que representa cerca de 217 mil empresas a menos no país. No Piauí, somente este ano, segundo a Junta Comercial 833 empresas fecharam as portas.

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarJunta Comercial do Piauí(Imagem:Divulgação)

De acordo com o presidente do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas), Luís Antônio Veloso, tanto as lojas do Centro de Teresina como dos shoppings várias estão fechando as portas e para a maioria dos segmentos a situação é complicada.

“É a crise que de fato veio e com isso o desemprego foi grande, e quando falta emprego para as pessoas, elas deixam de comprar diminuindo assim as vendas dos produtos que não são tão necessários. Mesmo sem condições segmentos como o de alimento e de medicamento não deixam de faturar, pois terminam sendo a prioridade dos clientes. É uma cadeia e com isso varias lojas acabam por fechar as portas”, explicou.

Em um cenário sóbrio a saíde tem sido buscas ajuda de quem entende. A procura por consultoria no Sebrae aumentou muito nos últimos dois anos e para fazer o diagnóstico o órgão cobra cerca de 800 reais, mas subsidia a metade. A Equipe de Apoio as Micro e Pequenas Empresas vai até o local, faz o diagnóstico e aponta soluções. “Os donos vem em busca do Sebrae para que façamos uma intervenção, identificar os principais gargalos que realmente esta dificultando a sobrevivência da empresa e a partir disso aplicamos uma solução e o proprietário passa a aplicar para melhorar a gestão e o negocio”, contou Francisco Holanda, gerente de Atendimento de Mercado do Sebrae.

Um dos poucos setores que continua em crescimento é o de alimentação. O empresário Roniel Uchoa, abriu uma hamburgueria há algumas semanas, mesmo sabendo que não era a melhor época para isso, mas para abrir ele passou dez meses se planejando para entrar e permanecer no mercado. “Fiz toda uma pesquisa, procurei os melhores preços, encontrei um ótimo local que eu tive um gasto com reforma, mas esta sendo bem recompensador”, informou.

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Tópicos: piauí, empresas, sebrae