Mais de R$ 2 mil são perdidos em obras paradas do Governo

13/06/2011 10h54


Fonte 180graus

As obras de infraestrutura turística paralisadas desde o final do ano passado na zona urbana do município de Coronel José Dias (550 km ao sul de Teresina), comprometem mais de R$ 2 milhões, grande parte desses recursos liberada pelo Governo Federal através do Ministério do Turismo. As obras se referem à construção de uma praça de eventos, urbanização da Avenida Juscelino Kubitschek - a única avenida pavimentada do município - e a implantação de equipamentos turísticos.

Os funcionários que trabalhavam para empresa Fênix, responsável pelas obras, ingressaram na Justiça do Trabalho alegando falta de pagamentos e abandono do canteiro de obras. Desde o final de 2010 todas as obras estão paradas e o pouco que foi construído está sendo danificado pelos populares e pela ação do tempo. Alguns meses atrás o senador Wellington Dias e o deputado federal Assis Carvalho, do PT, estiveram na cidade para ver as obras e garantiram que elas seriam reiniciadas o mais breve possível, o que não aconteceu até agora.

Na pequena cidade piauiense que fica na periferia do Parque Nacional Serra da Capivara, o sentimento é de indignação e revolta com o descaso público. O pedreiro Denílson Pereira Oliveira, de 30 anos e três filhos, que trabalhou na obra até novembro passado, diz que até agora não deram baixa em sua carteira de trabalho nem fizeram os respectivos pagamentos e depósitos trabalhistas. "Fiquei sentido. A cidade não tem desenvolvimento e o atraso nos pagamentos deixou toda nossa família em dificuldade", diz ele.

Para o pastor João Viera do Nacimento, 75 anos e seis filhos, fizeram um projeto com oito quiosques para uma cidade que não tem capacidade para isso. "Todos os moradores de Coronel José Dias, por mais simples que sejam, sabem bem que isso é um absurdo, uma forma de desviar dinheiro público", denuncia ele, para questionar em seguida. "Quem vai ocupar esses prédios se não temos pessoal preparado para isso?".

Para Jesus Nazaré Macêdo Oliveira, 40 anos e três filhos, que trabalhava na obra como vigia, já se passaram mais de quatro meses sem que seu salário seja pago. "Esses prédios só estão de pé porque estou aqui, vigiando, mesmo sem receber meu pagamento. Tenho passado dificuldades com isso", desabafou. A mesma história é contada por dezenas de moradores da cidade que trabalhavam na obra.

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