Materiais roubados são recuperados e permanecem em delegacias no Piauí

15/09/2014 08h20


Fonte G1 PI

Muitos objetos roubados, principalmente eletrônicos, estão à espera dos donos nas delegacias de Polícia Civil do Piauí. Muitas vezes, o trauma da vítima é tão grande que ela prefere esquecer, ou simplesmente não sabe que os produtos foram recuperados. Segundo a Polícia Civil, após o roubo, as pessoas precisam registrar o Boletim de Ocorrência e ir nas delegacias, pois muitas vezes os objetos são recuperados.

O comerciante Marcos Teixeira já teve a sua padaria assaltada três vezes e vários objetos do local e de clientes foram levados. Com medo de outras ações, o proprietário colocou grades nos aparelhos de televisão e até mesmos nas câmeras de vigilância. “A gente fica de mãos atadas, acorda todo dia cedo para sustentar a família e fica à mercê dos bandidos. A gente fica amedrontado e sem poder fazer nada”, contou o comerciante.

Imagem: G1 PIClique para ampliarDelegado James Guerra(Imagem:G1 PI)Delegado James Guerra

De acordo com a Polícia Civil, os bandidos preferem os eletrônicos como, por exemplo, telefones e equipamentos de vídeo e som. “Muitos desses materiais são recuperados e permanecem na polícia a espera dos donos. Temos muitos materiais recuperados aqui na delegacia, por isso eu peço para as pessoas que foram vítimas de assalto para se encaminhar às delegacias para ver se o seu objeto já foi recuperado, muitos deles são recuperados e acabam ficando na delegacia”, explicou o delegado James Guerra.

O delegado ainda destacou a importância do Boletim de Ocorrência (B.O) e recomenda que em caso de assalto a vítima registre o boletim. “Com o boletim podemos checar se o seu objeto é aquele que foi recuperado, pois isso eu recomendo que quanto mais informação você coloque no boletim mais fácil você tem como identificar o seu objeto. Depois do roubo, eu aconselho que a pessoa faça algumas visitas a delegacia, pois muitos desses objetos são recuperados. Temos aqui na delegacia vários objetos a espera dos donos”, disse o delegado.

Evaldo Mendes é comerciante e já foi vítima de assalto, ele conta que hoje trabalha com medo, pois precisa atender a todos e às vezes é um bandido. “Trabalho porque é a única forma de renda, mas o medo é constante. Cliente a gente nunca sabe quem é quem e às vezes até o tratamento muda, pois a gente fica com medo e não sabe o que fazer. Já fui assaltado algumas vezes e ainda não tive nenhum objeto recuperado”, desabafou o comerciante.