Médicos de todo o estado do Piauí paralisam atividades por dois dias

10/10/2016 08h13


Fonte G1 PI

Médicos da rede pública do Piauí iniciaram nesta segunda-feira (10) uma paralisação que deve durar dois dias na capital e interior do Piauí. Segundo o sindicato, o movimento é um protesto diante do não cumprimento do acordo salarial firmado com o governo ainda no ano passado e do comunicado oficial afirmando faltas não verídicas com ameaça de corte de ponto. O Tribunal de Justiça do Piauí já decretou a suspensão da paralisação.

O vice-presidente do Sindicato dos Médicos, Samuel Rego, explicou que a paralisação atinge apenas os serviços eletivos e os serviços de urgência seguem normalmente. “Os trabalhos de urgência continuam. O movimento cobra o reajuste de 8% que foi acordado em 2015 e era para ser aplicado em maio deste ano e até agora nada. Fora isso, os médicos enfrentam várias dificuldades diárias como a falta de roupa esterilizada nos hospitais para a realização das cirurgias, falta material e por isso várias cirurgias não estão acontecendo”, explicou Samuel Rego vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi).

Outra reclamação é de que médicos plantonistas estão recebendo notificação referente a 21 faltas no mês de agosto, sendo impossível, segundo o sindicato, 21 plantões em 30 dias. A categoria ainda informou que mesmo com a quantidade de falta cirurgias estão sendo realizadas todos os dias, assim como os atendimentos ambulatoriais que podem ser comprovados através do mapa de atendimento, escala de plantões e livro de ocorrências.

Decisão judicial
O Tribunal de Justiça concedeu tutela provisória que proíbe a paralisação de serviços dos médicos servidores públicos do Estado do Piauí. A decisão foi expedida pelo desembargador Hilo de Almeida Sousa e prevê multa diária de R$ 50 mil ao Sindicato dos Médicos em caso de descumprimento.

A decisão do TJ acata o pedido do Governo do Estado, que entrou com ação pedindo a suspensão da paralisação, uma vez que o estado está impossibilitado legalmente de conceder qualquer reajuste salarial à categoria. A impossibilidade de reajuste deve-se ao fato do governo ter ultrapassado o limite prudencial de gastos com pessoal da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), acrescentando-se a isso, a falta de condições financeiras de concessão de reajuste salarial.

O Sindicato informou que ainda não foi notificado e que o movimento vai continuar durante os dois dias.

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