Meu chão caiu e quero Justiça, desabafa vÃtima que perdeu a noiva em acidente
10/12/2016 08h13Fonte Cidadeverde.com
Muito abalado com a morte da noiva, o representante comercial Francieldo Pereira da Silva, 28 anos, pede justiça. O casamento dele com a enfermeira Milena Amanda Nery, 21,não poderá mais ser realizado porque ela morreu em um acidente de trânsito ocorrido na madrugada do último domingo (4), na BR-343, no sentido Altos- Teresina.Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliar
Internado em hospital particular da capital, Francieldo concedeu entrevista ao Cidadeverde.com e defendeu que a colisão frontal entre seu carro, um HB20, e o outro veículo, Fiat Linea, “não foi acidente”.
“O outro condutor vinha fazendo zig-zag e manobras arriscadas na pista. A própria Milena me alertou e eu, no mesmo momento, desacelerei o carro e joguei luz alta. Ele continuou dando zig zag e, do nada, jogou o carro na nossa direção. Ele brincou com a vida dele, de quem estava no carro com ele e sobrou para mim e minha noiva”, relembra Francieldo.
Ele afirma que não lembra o momento do impacto, mas recorda que, em seguida, acordou e chegou a ver Milena. “Ela já estava desacordada. Chamava e ela não respondia. Lembro que as meninas que estavam no outro carro brigavam com o condutor, dizendo que a culpa era dele”, conta Francieldo.
Ainda assim, Francieldo achava que a noiva tinha sobrevivido. Ele só foi avisado da morte de Milena na segunda-feira (5). “Pensava que ela estava se recuperando, na minha cabeça ela estava viva”, disse. O representante comercial e a enfermeira estavam de casamento marcado. Eles casariam, inicialmente, neste fim de ano, mas por imprevisto, adiaram o matrimônio para 2017.
Francieldo chora ao lembrar da noiva e lamenta sua morte. Ele destaca que Milena era uma moça dedicada em tudo que fazia e há tempos estudava para concurso público. Ela trabalhava como técnica em enfermagem no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e, recentemente, foi aprovada para um certame da Polícia Civil do Pará.
“A Milena virava noites estudando para conseguir uma coisa melhor. E quando acontece, aparece um cara para fazer isso. Eu quero justiça e que ele permaneça preso. Não peço mais nada que isso. Não vou atrás dele, não vou atrás de onde ele mora. Meu chão caiu e só quero que seja feita justiça e ele pague pelo que fez”, pede Francieldo.
Suspeito está preso preventivamente
O suspeito de provocar o acidente, identificado como André Luís Borges, está internado no Hospital Getúlio Vargas (HGV) sob a custódia da polícia. Ainda no domingo, ele foi autuado pelo delegado Antônio Marques Filho, o Marcão, da Central de Flagrantes, e preso preventivamente. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsito. O advogado de André Luis informou que o inquérito será finalizado na terça-feira (13) e encaminhado ao Ministério Público, que vai decidir se oferece denúncia à Justiça.
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