Ministério Público investiga desvio de recursos na previdência do Piauí

10/01/2015 09h44


Fonte G1 PI

Imagem: G1 PIClique para ampliarMP investiga o caso para saber valor e a origem do dinheiro.(Imagem:G1 PI)
Servidores do Piauí estão com medo de não receberem a aposentadoria. o motivo seria um desvio de recursos na previdência do estado. O Ministério Público investiga o caso para descobrir o valor e a origem do dinheiro.

Maria do Socorro Macêdo é servidora pública há mais de 20 anos. Para garantir um descanso no futuro, ela paga a previdência do estado 10% do seu salário todos os meses. “É muita coisa, esse valor faz falta em outra coisa, até mesmo na própria alimentação do servidor. Pode gerar um ônus maior e faltar em outro local”, disse.

O valor que os servidores contribuem todos os meses mais o repasse patronal, no caso de empresa privada, servem para pagar pensionistas e aposentados. Quando o dinheiro não é suficiente os órgãos de origem do beneficiário devem complementar. Mas segundo o Ministério Público, a complementação dos anos de 2013 e 2014 foi feitas com recurso de origem indevida, o que caracteriza desvio.

“Foi constatada duas formas do Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí (Iapep) gerir o fundo para fazer a complementação. O órgão utilizou a própria reserva financeira que deveria ser guardada e empregou em um empréstimo que o estado tinha feito com o banco mundial. O Iapep solicitou parte desse empréstimo para fazer a complementação”, disse o promotor Fernando Santos.

O MP juntamente com o Tribunal de Contas e a Controladoria Geral do Estado investigam quem são os responsáveis pelo desvio e qual o valor. “Temos que calcular para saber o valor desviado e poder chegar aos responsáveis. Sabemos que o valor é algo que podemos falar de milhões de reais”, falou o promotor.

O governo tem que passar todo mês R$ 600 milhões para a folha do Iapep. A vice-governadora, Margarete Coelho, está montando uma comissão que deve contar com membros do estado e especialistas da previdência. O objetivo e reequilibrar as contas do instituto com a contenção de gastos ilegais e a busca por servidores ativos.

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