Motoristas e cobradores de ônibus paralisam atividades em Teresina pela 6ª vez em 2021

19/05/2021 15h53


Fonte G1

 
Imagem: ReproduçãoClique para ampliarEm entrevista à TV Clube, o cobrador Francisco Carvalho, que trabalha há 11 anos na empresa Emtracol, afirmou que os trabalhadores não recebem remuneração há 5 meses. Em abril, os(Imagem:Reprodução)
Os motoristas e cobradores de ônibus das empresas Emtracol e Transfácil, do Consórcio Theresina, iniciaram uma paralisação nesta quarta-feira (19), por falta de pagamento dos salários atrasados. Segundo os trabalhadores, há colegas dependendo da doação de cestas básicas e recorrendo a ‘bicos’, para conseguir uma renda extra.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) disse que tem enfrentado problemas no setor e informou que, com a paralisação dos trabalhadores, 6 ônibus da empresa Emtracol foram impedidos de saírem das garagens.

O G1 também tentou, mas ainda não conseguiu contato com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito.

De acordo com o secretário de Assistência e Previdência Social do Sindicato dos Trabalhadores Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Francisco Souza, apenas 12 ônibus do Consórcio Theresina estão circulando, com a paralisação. Ao todo, a empresa possui 54 veículos e, durante a pandemia, 32 circulam diariamente na capital.

Em entrevista à TV Clube, o cobrador Francisco Carvalho, que trabalha há 11 anos na empresa Emtracol, afirmou que os trabalhadores não recebem remuneração há 5 meses. Em abril, os funcionários teriam assinado um contracheque, que garante o pagamento do salário, mas não chegaram a receber nenhuma porcentagem do valor.

“É uma situação insuportável. Só quem está passando sabe o quanto é difícil acordar de manhã e sua filha dizer que não tem nada pra comer. Alguns trabalhadores têm uma renda extra, eu, por exemplo, estou me virando como Uber, mas tá difícil”, contou Francisco.
O cobrador destacou ainda que o Setut e a Prefeitura de Teresina não têm dialogado com a categoria e que só retornarão ao trabalho se receberem o pagamento.

As empresas afirmaram que, por conta da queda na movimentação de pessoas pela cidade, causada pela pandemia do coronavírus, o faturamento caiu impossibilitando o pagamento dos trabalhadores.

Em abril, empresas do sistema afirmaram ainda que a Prefeitura de Teresina deixou de fazer o repasse do subsídio referente ao preço da passagem de ônibus por 10 meses em 2020. A dívida chegou a cerca de R$ 20 milhões. A Prefeitura aceitou pagar o débito de forma parcelada.


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