Motoristas e Setut não fecham acordo e greve vai para o 3º dia
06/02/2019 07h50Fonte CidadeVerde.com
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Após duas horas de negociação, não houve acordo entre os motoristas de ônibus e a direção do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut).
A reunião encerrou, às 19h15, da última terça-feira (5) e o presidente do Sindicato dos Motoristas, Fernando Feijão, anunciou que a proposta do Setut foi de reajuste de 4%, além de dobrar a jornada de trabalho, o que considerou "inaceitável".
A negociação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) foi mediada pelo desembargador Manoel Edilson Cardoso. A presidente do TRT, Liana Liana Chaib também participou da tentativa de acordo. Os motoristas e cobradores pedem reajuste de 8,43% passando o salário de R$ 1.876,00 para R$ 2.045,78.
"O Setut quer que os trabalhadores façam dupla jornada, em dois turnos, manhã e tarde, situação que os trabalhadores já tinha rejeitado. Agora eles colocam uma proposta de salário de 4% e para piorar querem reduzir mais a frota. Quer que o trabalhador fique em dois turnos para demitir uma quantidade e sacrificar quem ficar. A greve continua. É inaceitável uma proposta dessa", disse Fernando Feijão.
Marcelino Lopes, diretor do Setut, disse que os empresários não têm condição de repassar o percentual de reajuste pedido pelo Sintetro.
“Estivemos há mais de duas horas em negociação com a categoria e infelizmente hoje não conseguimos chegar a um acordo, mas eu acredito que até essa semana a gente tenha condição de chegar a um acordo para ambas as partes”, disse.
Marcelino Lopes ressaltou ainda: “o percentual pedido pelos funcionários representa um aumento bem acima do que foi calculado pela prefeitura quando deu a tarifa. Então, eu não posso repassar a mais do que estou arrecadando. É uma conta simples. Eu não vou falar em contraproposta, isso é um assunto que cabe só a nós e ao sindicato laboral”.
O desembargador Manoel Edilson disse que irá convocar uma nova reunião para esta quarta-feira (6).
“Hoje houve um impasse. Cada um saiu com a ideia do que o outro pretende e amanhã não temos a esperança de acabar a greve pela manhã, mas as categorias devem refletir e talvez a tarde saia uma continuação das negociações”.
O desembargador informou ainda que chegou ao TRT uma cautelar de abusividade da greve que deverá ser analisada por ele amanhã.
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