Movimento pede volta às aulas no Piauí e defende que escola é local seguro

17/11/2020 18h25


Fonte Cidade Verde

Imagem: ReproduçãoMovimento pede volta às aulas no Piauí e defende que escola é local seguro(Imagem:Reprodução)
 Pais e mães de alunos iniciaram um protesto virtual pedindo a volta das aulas presenciais no Piauí. Com um perfil no Instagram criado há uma semana, o movimento #VoltaàsAulasTeresina já reúne quase mil seguidores e conta ainda com um abaixo-assinado para pressionar as autoridades a autorizarem as escolas a adotaram o sistema de ensino híbrido em janeiro de 2021.

No sistema híbrido os pais teriam a opção dos filhos assistirem aulas presenciais ou remotas. A servidora pública federal Ilara Madeira administra o perfil e defende que a escola é um ambiente seguro que não favorece a propagação do coronavírus.

"A gente acredita que a escola é local seguro para as crianças estarem, a gente sabe que não é arriscado e a gente quer que nossos filhos tenham direito de ir para escola do mesmo jeito que a gente respeita o direito de quem não quer mandar", disse. Ilara cita estudos que afirmam que crianças, principalmente as da faixa etária entre 2 a 6 anos, estão sendo as mais prejudicadas com o confinamento e afirma que estados onde o ensino presencial foi retomado não houve impacto nos casos de Covid-19.

"A gente não pode ficar aguardando o surgimento de uma vacina que a gente não sabe quando vai vir, nem se vai vir. E quando vier pode ser que não seja indicada inicialmente para crianças, ou seja, a educação infantil está totalmente prejudicada. Na verdade, as crianças de a 0 a 6 anos, segundo os estudos neurológicos apontam, são as mais prejudicadas. Estão perdendo convívio social, questão do cognitivo acadêmico também porque não suportam ficar muitas horas na frente da tela assistindo aula", critica Ilara.

Até às 17h desta terça-feira (17) o abaixo-assinado criado pelo movimento reunia 672 assinaturas . O documento pede que as escolas apresentem protocolo de segurança e destaca que em todo o país diversos estabelecimentos de ensino já voltaram a funcionar e "não foi comprovado nenhum aumento de contaminação por isso".

"O remédio não pode ser pior que a própria doença! Volta às aulas em janeiro de 2021! Pais precisam trabalhar tranquilos sabendo que os filhos estão na escola, professores precisam de seus salários, e toda uma rede de empresas depende disso: fardamento, papelaria... DIREITO DE ESCOLHER DEVE SER DAS FAMÍLIAS!", diz o abaixo-assinado destinado ao Governo do Estado e a prefeitura de Teresina.

Hoje o prefeito de Teresina, Firmino Filho, declarou que ainda não existe previsão para a retomada das aulas presenciais na rede municipal de ensino. Segundo ele, a decisão sobre o retorno caberá, inevitavelmente, ao próximo prefeito da capital.

"Em relação a questão da Educação, existe ainda uma preocupação muito grande e essa discussão deverá ser feita apenas pelo próximo prefeito. Não existe ainda a condição da gente abrir as escolas municipais ainda este ano", explicou.

O Governo do Estado informou que também ainda não há previsão para a retomada das aulas presenciais e que tudo depende da avaliação do Comitê de Operações Emergenciais (COE).


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