MP pede 151 anos de prisão para suspeito de comandar estupro coletivo
15/06/2015 14h04Fonte G1 PI
O promotor da comarca de Castelo do Piauí, Cesário de Oliveira, ofereceu nesta segunda-feira (15) denúncia criminal contra Adão José da Silva Sousa, 40 anos. Ele é apontado pela polícia como suspeito de vários crimes relacionados ao estupro coletivo cometido contra quatro garotas na cidade de Castelo do Piauí, no dia 27 de maio. O promotor pediu pena máxima de reclusão que somada pode chegar a 151 anos.“Há indícios da participação dele nos crimes. Por isso, ele deve responder por estupro, feminicidio, tentativa de homicídio, associação criminosa e corrupção de menores. Caso ele seja condenado pode pegar pena de até 151 anos de reclusão, pois para todos os crimes solicitei a penalidade máxima”, afirmou o promotor.
Imagem: Gilcilene Araújo/G1Promotor de Castelo do Piauí apresentou denuncia contra Adão de Sousa.
Cesário de Oliveira explicou que caso o juiz aceite a denúncia, Adão deixará a condição de suspeito e passa a ser réu no processo.
“Nesta etapa a pessoa é notificada da acusação e deve providenciar testemunhas de defesa para ser ouvidas durante uma nova audiência. Nela também serão ouvidas as vítimas e as testemunhas de acusação”, comentou.
Ao ser preso Adão José da Silva Sousa disse aos policiais que é foragido do sistema prisional de São Paulo. Segundo a polícia, ele tem passagem por furtos, homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma. “Não sei informar se ele fugiu do sistema ou se estava em liberdade condicional, pois nos autos do processo consta apenas que ele é foragido de São Paulo”.
Na quinta-feira (11), foi realizada uma audiência de apresentação onde os quatro adolescentes suspeitos de participação no crime e seus pais foram ouvidos. Por questão se segurança, o juiz solicitou que os depoimentos fossem feitos em Teresina.
Em relação aos adolescentes, o promotor Cesário de Oliveira comentou caso sejam culpados, eles responderão pelos atos infracionais semelhantes aos crimes cometidos por Adão. O prazo máximo estabelecido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para o cumprimento de medidas socioeducativas é de três anos.
“Solicitei a internação deles no Centro Educacional Masculino pelo tempo previsto pela lei que é de três anos. Este tempo pode aumentar após a realização de exames que comprovem a periculosidade dos adolescentes", finalizou.
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