MPT investiga 21 casos de assédio eleitoral entre patrões e empregados no Piauí

24/10/2022 15h01


Fonte G1 PI


O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou que, até a manhã desta segunda-feira (24), recebeu 21 denúncias de assédio eleitoral no Piauí. O número de casos no estado, segundo o órgão, pode ser ainda maior.

Na última quinta-feira (20), o MPT-PI firmou o primeiro Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que determina a indenização de trabalhadores após o empresário Gilvan Soares Cardoso Júnior oferecer vantagens financeiras caso os funcionários votassem no candidato à presidência indicado por ele durante as Eleições 2022.

A prática é considerada abusiva, pois submete o trabalhador a constrangimentos e humilhações, por meio de ameaças e promessas de benefícios. Em todo o Brasil, já foram contabilizadas 1.027 denúncias.

“Tem relatos de trabalhadores que denunciam que o assédio aconteceu ainda no primeiro turno. Iremos investigar e adotar todas as providências cabíveis”, destacou o procurador-chefe do MPT-PI, Edno Moura.

Como denunciar

Qualquer pessoa que presenciar direta ou indiretamente episódios capazes de configurar assédio ou coação eleitoral, em um ambiente de trabalho, deve denunciar imediatamente ao MPT-PI. Para isso, basta acessar o link ou baixar o aplicativo MPT Pardal, disponível nos sistemas Android e IOS. O serviço on-line de denúncias funciona 24 horas e podem ser feitas de forma anônima.

“O número [de denúncias] vem crescendo, mas acreditamos que muitas pessoas não sabem que esse assédio eleitoral é crime, outras ainda têm receio de denunciar. Por isso, frisamos que as denúncias podem ser sigilosas”, ressaltou Edno Moura.

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