Mulher levada por falso policial no Piauà foi vÃtima de sequestro pela segunda vez
04/08/2019 08h06Fonte Cidadeverde.com
Aauxiliar administrativa Lana Karina, 31 anos, permanece internada em um hospital particular em Teresina e deve ser ser submetida a nova cirurgia. A jovem foi raptada em Campo Maior, a 78 km de Teresina, e abandonada cerca de 40 km da cidade, após ser alvejada com dois tiros na perna direita.
A irmã Daniele Ferreira pede Justiça e diz que esta é a segunda vez que ela é vítima de sequestro.
"A primeira vez foi há dois anos quando ela foi vítima de espancamento. Nunca descobriram nada. Esperamos agora um posicionamento das autoridades porque deve ter relação esse caso com o outro. A gente quer Justiça,que a polícia investigue e descubra quem fez isso. Estamos apreensivos e com medo que aconteça algo pior se nada for feito", disse a irmã.
Lana Karina foi submetida a uma cirurgia para a retirada de um dos projéteis e aguarda a realização de mais um procedimento.
SEQUESTRO
A jovem foi raptada de casa na última quinta-feira (01). A vítima contou à família que os sequestradores chegaram em um carro e alegaram que tinham um mandado de prisão.
"Eles disseram que tinham uma intimação e ela estava presa, que sabia o que devia à Justiça, mas ela disse que não estava sabendo. Ela pediu o mandado, mas não entregaram e a colocaram no carro. Nossa outra irmã-que mora com ela- tentou segurar, mas pediram pra ela soltar e que ela [irmã] podia ir para a delegacia que a Lana ia ser levada pra lá e sumiram", conta Daniele Ferreira.
A irmã conta que só descobriu que a irmã havia sido sequestrada quando chegou à delegacia.
"Descobrimos que ela não tinha sido levada para a delegacia. Entramos em desespero e imaginamos que fosse um sequestro, pois há dois anos, a Lana foi sequestrada, espancada, deixada em uma estrada carroçal e a polícia nunca descobriu quem fez isso. Ficamos sem saber o que fazer. Estávamos de saída para Teresina quando ela ligou e disse que estava depois da cidade de Altos, que tinha sido abandonada e estava baleada", conta a irmã.
Ela diz que Lana conseguiu entrar em contato com a família após ser socorrida por homens que trabalhavam em uma torre de telefonia.
"A Lana relatou que os sequestradores só perguntavam por um dinheiro que o patrão tinha dado e ela disse que não sabia de dinheiro. Eles atiraram nela à toa, de graça. A gente acredita em algo mandado. Já é a segunda vez e pedimos que tomem providência, investiguem bem o caso. A gente pede Justiça. Ela é mulher e não pode tá sendo assim agredida sem nenhuma autoridade tomar providência", clama Daniele Ferreira.
A Polícia Civil do Piauí informou que está investigando o caso e, no momento, nenhuma linha de investigação é descartada.