Mulher que teve rosto desfigurado está UTI e famÃlia pede doações
17/03/2016 13h55Fonte Cidadeverde.com
Após uma semana na UTI do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Irene Ferreira da Silva Neta, 24 anos, que foi agredida violentamente na cidade de Castelo do Piauí, ainda não tem previsão de alta e pode apresentar várias sequelas.Segundo o diretor do HUT, Dr. Gilberto Albuquerque, o quadro de saúde da jovem ainda é grave, mas estável. Além dos traumas, a paciente possui outras doenças que podem vir a agravar.
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Na manhã desta quinta-feira (17), uma amiga e um tio da vítima estiveram no hospital. Eles comentam que a família de Irene não possui condições financeiras para comprar produtos de higiene e fraldas descartáveis e pedem doações.
“Nós pedimos essa ajuda porque ela precisa muito desse material, principalmente quando sair daqui. A família é humilde. Eles não recebem ajuda dos programas do Governo. A Irene, inclusive, tem dois filhos, um de 9 e outro de 8, o menor é portador de deficiência. A mãe dela não pode vir cuidar dela aqui em Teresina porque não tem com quem deixar as crianças. Quem puder ajudar pode entregar o material do setor de serviço social do HUT e dizer o nome dela”, disse a amiga Tetê Mineiro.
Com relação à agressão, o tio da vítima, Francisco Silva, diz que o crime foi muito bárbaro e que os suspeitos estão soltos. “O que fizeram com ela foi muito triste. Bateram muito na cabeça dela. Colocaram foi pra matar mesmo. Ela não tem amparo familiar, vivia nas ruas, as crianças vivem com a mãe. A Irene tem problemas mentais, não era usuária de drogas, mas ela era dependente de bebida alcoólica”, disse.
O tio também comentou que a mãe de Irene, que também mora em Castelo, por várias vezes tentou levar a filha para casa. A família acredita ainda que duas pessoas tenham participado das agressões, uma mulher e um homem conhecido como Galça.
Ao Cidadeverde.com, Francisco Silva disse ainda que, para se sustentar, Irene trabalhava como garota de programa. A família acredita que Galça a explorava sexualmente.
Polícia Civil investiga o caso
O titular da Delegacia de Castelo, Renato Pinheiro, confirma que os dois suspeitos apontados pela família como autores das agressões foram liberados. Galça foi solto porque não foi comprovada a participação dele no crime. Já a mulher, identificada apenas como Gabi, 19 anos, que é prima de Galça, teria confessado a autoria do crime à Polícia Civil. Ela se apresentou com um advogado na delegacia de Castelo há dois dias.
"Primeiramente, um culpava o outro pelo crime. Então, fizemos a acareação entre os dois suspeitos de espancamento e ela confessou, inclusive, revelando detalhes de como tudo ocorreu. A Gabi diz que chamou a vítima para beber na casa de um amigo. Em certo momento, Gabi e Galça se abraçaram e a vítima teria começado a xingar a suspeita que reagiu às ofensas. O crime teria ocorrido por ciúmes. Em depoimento, Gabi disse que não usou nenhuma arma e tudo aquilo ocorreu porque elas haviam ingerido bebida alcoolica", disse Pinheiro.
O delegado explica que, primeiramente, a suspeita era de violência doméstica, mas como até o momento foi descartada a participação de Galça, o crime deve ser caracterizado como lesão corporal grave ou mesmo homicídio, caso a vítima não se recupere.
Após ser ouvida, Gabi foi liberada porque já havia expirado o prazo de flagrante. O delegado Renato Pinheiro não confirmou a versão de exploração sexual, mas que o inquérito já foi instaurado e a investigação ainda está em curso. "A vítima ainda será ouvida. Vamos esperar ela melhorar para aprofundar as investigações. Tanto o Galça como a Gabi pode ser reinterrogados. As investigações estão apenas começando", acrescenta o titular da Delegacia de Corrente.
A Polícia Civil repassou ainda que os primos enfrentam problemas com drogas e são acompanhados pelo Centro de Atenção Psicosocial. "Todos têm histórico com drogas", resumiu Pinheiro.
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