MunicÃpio processa Eletrobras-PI por "cortar" energia de unidades sem débito
15/03/2015 07h15Fonte APPM
O Município de Alvorada do Gurgueia presenciou um dia de terror nesta semana. Na terça-feira (10) os gestores da administração municipal e toda a população foram surpreendidos com uma “operação” da Eletrobrás Distribuição Piauí, em conjunto com a Polícia Civil, que efetuou o corte de energia de órgãos sem débito, bem como realizou prisões sem mandato judicial. A medida arbitrária e abusiva revoltou populares e motivou o prefeito da cidade, Luis Ribeiro Martins, a ajuizar medida cautelar contra a companhia.“Estamos a meses solicitando a Eletrobras que reveja as unidades consumidoras que ela imputa ao poder municipal. Muitos desses prédios não nos pertencem causando ônus que o município não deve. O que é devido pelo município de Alvorada do Gurgueia está devidamente pago”, protesta o prefeito.
Imagem: APPM
Uma equipe do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) e técnicos da Eletrobras estiveram em Alvorada do Gurgueia e Elizeu Martins, onde supostamente flagraram o furto de energia. Em Alvorada, o secretário de Administração, William Guimarães Vital Ferreira, e de Desenvolvimento Urbano de Elizeu Martins, Erivan Alves Vilanova foram detidos ao serem flagrados os desvios. Durante a operação, mais oito pessoas também foram presas.
“A ligação subterrânea de energia que a Polícia alega ser clandestina foi feita pela própria Eletrobrás. Fui convocado apenas para prestar esclarecimentos e na delegacia fiquei preso e só sai com pagamento de fiança. Fui tratado como bandido e não sou isso. Lamentamos que ações como essa não busquem os verdadeiros grupos criminosos, mas pessoas honestas”, reclama o secretário de Alvorada do Gurgueia.
O prefeito acusa ainda a Eletrobrás de suspender a energia de lugares que prestam serviços essenciais, como postos de saúde e escolas. “Como esses órgãos não tinham débito nós mandamos religar a energia, pois entendemos que foi uma retaliação a uma primeira ação que ajuizamos contra a empresa em 2014, por omissão nos serviços”, completa.
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