No PiauÃ, quase 90% dos trabalhadores domésticos são informais
18/08/2019 08h00Fonte Cidadeverde.com
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No Piauí, 77 mil trabalhadores domésticos não têm carteira assinada, contra apenas 9 mil que são devidamente registrados. Os dados foram divulgados na última Pnad Contínua trimestral, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta semana.
Isso significa que 89,5% dos trabalhadores domésticos piauienses não são formalizados. Entre o primeiro e o segundo trimestre do ano, segundo a pesquisa, o número de empregados com carteira assinada subiu de 7 mil para 9 mil, mas a alta no número de empregados sem carteira foi bem maior, de 69 mil para 77 mil.
Pesa na decisão de não assinar a carteira dos empregados domésticos a quantidade de encargos trabalhistas, mas a informalidade torna a categoria mais economicamente vulnerável.
Informalidade crescente
Diante do cenário de lenta recuperação econômica, não é só os empregados domésticos que têm um alto nível de informalidade no Estado.
No setor privado, o número total de trabalhadores caiu de 440 mil para 429 mil, de um trimestre para o outro - mas ainda se mantém maior do que o mesmo período do ano passado (423 mil).
Destes 429 mil piauienses que estão trabalhando no setor privado, apenas 223 mil têm carteira assinada, o que significa pouco mais da metade (52%). Esse número era maior no início do ano, quando 231 mil pessoas estavam formalizadas.
Os trabalhadores do setor privado sem carteira tiveram queda de 210 mil para 206 mil no mesmo período.
No setor público a situação não é muito diferente. Dos 221 empregados, 120 mil são militares ou estatutários; 84 mil são informais, sem carteira assinada, e 17 mil têm carteira assinada. O número de empregados formais, no entanto, cresceu 41,6%.
Empregadores
A dificuldade atinge também os empregadores. No primeiro trimestre eram 56 mil empregadores no Piauí. No segundo trimestre, eram 4 mil a menos.
Desses 52 mil que ficaram, 25 mil não têm CNPJ, ou seja, não estão formalizados. Mas 27 mil têm o registro.
No caso dos trabalhadores por conta própria, a grande maioria permanece na informalidade. São 365 mil sem registro contra 39 mil registrados.