Novo aplicativo vai mapear povos de terreiros no Piauí

24/12/2022 20h10


Fonte Ascom

Imagem: Francine Dutra/ClubeNewsNovo aplicativo vai mapear povos de terreiros no Piauí(Imagem:Francine Dutra/ClubeNews)Novo aplicativo vai mapear povos de terreiros no Piauí.

Já está disponível, para o sistema Android de funcionamento, o download do aplicativo “Eu Creio” voltado para o mapeamento socioeconômico e sociocultural das comunidades tradicionais de terreiros do Piauí.

Segundo Janaína Mapurunga, superintendente de Direitos Humanos da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), o aplicativo, voltado à colaboração dos povos de terreiros, foi desenvolvido pela Agência de Tecnologia da Informação do Estado do Piauí (ATI).

“Com o mapeamento nós podemos gerir, planejar e executar políticas públicas voltadas para a comunidade de terreiro e o aplicativo vai facilitar também a identificação de algumas problemáticas que são vivenciadas de modo que trabalharemos buscando sempre o planejamento das políticas públicas”,
explica.

O sistema permite duas formas para catalogar as comunidades seja por meio de celulares ou tabletes ou pelo site de cadastro. O diferencial do aplicativo com relação ao site é que o aplicativo possui uma funcionalidade de capturar a geolocalização offline.

“O cadastro feito pelo aplicativo tem a vantagem de fazer o georreferenciamento através do GPS do celular e caso no momento do cadastro não haja sinal de internet, a localização poderá ser capturada e ficará salva para que seja incluída quando o usuário tiver acesso à internet”,
explicou o diretor-geral da ATI, Antônio Torres.

Os líderes religiosos deverão cadastrar seus terreiros por meio de um questionário de identificação, disponibilizado no sistema e que será validado, posteriormente, pela equipe da superintendência de direitos humanos da Sasc.

De acordo com o gerente de Enfrentamento à Intolerância Religiosa e Apoio à Comunidades Tradicionais, Flávio Monteiro, em 2009 um mapeamento apontou que só na capital foi identificado 412 terreiros.

“Hoje, essa realidade é outra, tanto na capital como em todo o estado e a necessidade do aplicativo é muito grande, pois nós temos dados fixos sobre as comunidades quilombolas, ciganas e indígenas, porém, ainda não temos sobre as comunidades de terreiro”,
disse.

O app “Eu Creio”também poderá ser acessado também por visitantes que queiram conhecer especificidades dos terreiros, como outras manifestações culturais que são praticadas dentro dessas casas, além das atividades religiosas.

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