Nuvem em forma de tornado é fenômeno perigoso e raro no NE, diz climatologista

15/03/2019 08h20


Fonte CidadeVerde.com

Uma nuvem escura em formato de tornado foi vista na cidade de Valença, a 210 km de Teresina, na tarde de quarta-feira (13) e o climatologista Werton Costa, esclareceu que tratou-se de um fenômeno "raríssimo no Nordeste". Werton contou que ocorreu a formação de uma nuvem chamada de supercélula, que pode dar origem a um tornado. De acordo com o especialista, não há conhecimento de que a formação desse tipo de nuvem já tivesse acontecido no Piauí.

O climatologista observou que “é um fenômeno bonito, mas perigoso”. Contudo, Werton acrescentou que não há motivos para preocupação, porque não houve a ocorrência de nenhum tornado ou tempestade na cidade e que não deve acontecer futuramente também no estado como um todo.

“Essa nuvem de formato redondo não é um tornado, mas pode vir a ser um, é pré-tornadíca. No Nordeste, a gente pode dizer que a ocorrência dessa nuvem com rotação, conhecida como supercélula, é raríssima. Porque no Brasil, a gente tem conhecimento de que ela se forma mais no Sul e Sudeste”, disse.

Imagem: José GonçalvesNuvem em forma de tornado é fenômeno perigoso e raro no NE, diz climatologista.(Imagem:José Gonçalves)

O climatologista esclareceu que o tornado não surge de uma nuvem qualquer, mas de uma especial, que foi a supercélula observada ontem em Valença. Ele acrescentou que o fenômeno tem um potencial de energia “monstruoso”, mas afirmou que “a nuvem só passou no município de forma rápida e girando, como é de característica dela”.

A presença desse tipo de nuvem no estado, de acordo com o climatologista, mostra que nessa estação do ano, há condições de acontecer uma “tempestade severa assemelhada com as que acontecem em um tornado”.

O blogueiro e radialista José Gonçalves foi um dos espectadores do fenômeno na cidade e informou que ocorreu por volta de 17h30. José disse que foi muito rápido e que conseguiu fotografar a passagem da nuvem. “Quando a gente viu ela se formando foi bem rápido. Aí ela foi se formando e passando, e acredito que em menos de três minutos já não dava mais pra gente avistá-la, já tinha passado”, contou.