"O pior já passou", diz secretário sobre risco de atrasar salários
23/07/2019 15h57Fonte Cidadeverde.com
Imagem: Analice Borges / Cidadeverde.comSecretário do Planejamento, Antônio Neto.
O secretário do Planejamento, Antônio Neto, declarou que o risco de atrasar salários no Piauí diminuiu, mas não está totalmente descartado. Em entrevista ao Jornal do Piauí desta terça-feira (23), o gestor ainda garantiu que não há perigo do Piauí entrar em colapso fiscal por causa dos empréstimos feitos.
Antônio Neto disse que as operações de crédito tomadas neste terceiro governo de Wellington Dias (PT) somam R$ 2,2 bilhões.
"Isso permitiu ao Estado gerar emprego e reduziu a queda nos índices de desenvolvimento. Essa história de que o Piauí está muito endividado e vai entrar em colapso, que vai desestruturar as finanças é falsa. O endividamento está absolutamente controlado. Ninguém pode se endividar mais do que diz a resolução do Senado, que é até 200% da Receita Corrente Líquida. O Piauí hoje tem menos de 50%. Então, temos capacidade. Não há risco de crise fiscal por causa da dívida. É o contrário", esclarece o gestor.
Antônio Neto frisou que houve queda nas receitas, especialmente as provenientes do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e na arrecadação do ICMS, em virtude da crise econômica. Ele considera que a capacidade de endividamento do Piauí é resultado da organização fiscal do Estado.
"Os Estados que se organizaram, do ponto de vista fiscal, têm capacidade de endividamento", pontuou. Ele disse ainda que a única forma de continuar investindo no Piauí é através das operações de crédito porque não há recursos próprios suficientes.
Sobre o risco de atrasar salários, o gestor declarou que ainda há riscos, porém, bem menores. "O pior já passou. Já tivemos mais riscos de atrasar a folha. Não é que não esteja sujeito às dificuldades, mas considerando os cenários que já tivemos, estamos melhor e temos a possibilidade de melhorar ainda mais", frisou.
Antônio Neto acrescentou que são esperadas outras receitas extraordinárias, como o empréstimo de R$ 1,5 bilhão para o pagamento de precatórios, o recurso de R$ 800 milhões referente à venda da Cepisa, que deve sair ainda esse ano, e também a verba proveniente do aluguel dos imóveis do Estado.
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