Obrigatoriedade de simulador em autoescolas gera reclamações no PI
13/12/2015 07h00Fonte G1 PI
A implantação de um simulador de direção veicular volta a ser polêmica entre os donos de autoescolas e os alunos. Para cumprir a norma do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que passa a ser obrigatório a partir do próximo ano, os empresários afirmam a necessidade de aumentar o preço da habilitação.
O simulador permite ao aluno testar várias situações de tráfego por meio de um dispositivo semelhante a um carro. De acordo com o Contran, o uso do equipamento será obrigatório para quem vai tirar a carteira de motorista, a partir do ano que vem e os processos de habilitação só poderão ser concluídos se o aluno fizer pelo menos cinco aulas.
Segundo o presidente do Sindicato da Autoescolas do Piauí, Everaldo Ferreira, a maioria das empresas não tem condições de comprar o aparelho, que custa em média R$ 40 mil.
"Uma escola no interior que tenha apenas dois veículos e vierem comprar um equipamento deste é inviável. Hoje o simulador é uma realidade para a falência das autoescolas. Muitas delas vão fechas duas portas. Não somos contra nenhuma tecnologia para melhorar a capacidade de ensino do aluno e situação real do trânsito, apenas que ela não seja posta como obrigatoriedade", declarou.
Nas autoescolas, a nova determinação dividiu a opinião dos alunos. O socioeducador Paulo Albuquerque acredita que a ideia simulador é boa, no entanto, o custo não deveria ser repassado ao cliente.
"Acho que o equipamento não tem muita eficácia, porque o que aprendemos mais no trânsito e vamos ter as aulas práticas. Para quê este simulador?", questionou o estudante Eric Ribeiro.
O diretor do Departamento de Trânsito do Piauí (Detran), Arão Lobão, explica que a orientação é federal e cabe ao órgão apenas fiscalizar o cumprimento da norma. De acordo com o Detran Piauí, a legislação federal definida pelo Contran não obriga que todas as autoescolas tenham o simulador. É permitido que o equipamento seja compartilhado entre estabelecimentos.
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