Operação Déspota: Gaeco vai pedir prorrogação de oito prisões temporárias

18/07/2016 13h03


Fonte Cidadeverde.com

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público vai pedir prorrogação para as prisões temporárias e manutenção das prisões preventivas dos investigados na Operação Déspota, em Redenção do Gurguéia.

Segundo o promotor Antônio Luis França, o pedido será feito na manhã desta segunda-feira (18) no Tribunal de Justiça. Até o momento, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva e oito de temporárias.

"Hoje vamos pedir a prorrogação por mais cinco dias das prisões temporárias, porque hoje encerra o prazo dado anteriormente. E também vamos pedir o reforço das prisões preventivas, pois possuímos uma grande quantidade de material a ser analisado e confrontado",
disse.

Imagem: Cidadeverde.comPromotor Antônio Luis França(Imagem:Cidadeverde.com)Promotor Antônio Luis França

Os materiais envolvem computadores, pen drives, arquivos, documentos e relatórios do Tribunal de Contas do Estado e da Controladoria Geral da União. Além disso, há documentos provenientes da quebra de sigilo telefônico, fiscal e bancário dos envolvidos.

O promotor disse ainda que até o momento não há novas prisões a serem pedidas, o procedimento investigatório criminal tem um prazo de 90 dias a ser cumprido.

Antônio Luis disse ainda que os advogados da empresária Fátima Salvadora, que estava foragida, procuraram a Gaeco e informaram que a cliente está disposta a contribuir com as investigações. Fátima deverá comparecer ao Gaeco na terça-feira (19).

Já o empresário Magnaldo Pereira, que também estava foragido, foi preso ainda na sexta, mas ainda não prestou depoimento.

Áudios

O promotor comentou sobre os dois últimos áudios divulgados, onde há conversas entre o prefeito e empresários, considerado por ele uma "prova cabal" de que havia intenção de se desfazer de vestígios das fraudes alvos do processo investigatório.

Ele reforçou que o pai do prefeito Delano Parente agiu diretamente nas fraudes e que havia empresários liderando o processo licitatório. "Luis Betoneira estava organizando o processo licitatório, o dele seria o de menor valor e os outros maiores. Isso é uma prova concreta de que havia fraude", disse.

Operação

Batizada de Déspota, a megaoperação do Ministério Público prendeu oito pessoas somente no município de Redenção do Gurguéia (a 691 km de Teresina), na manhã do dia 14. Além do prefeito de Redenção de Gurguéia, Delano Parente, foram presas mais 15 pessoas.

O promotor de justiça Rômulo Cordão, coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual, confirmou que a quadrilha provocou um rombo que chega a R$ 17 milhões nos cofres públicos nos últimos três anos.

A operação cumpriu 16 mandados de prisões em Teresina, Redenção do Gurguéia, Morro Cabeça no Tempo, Bom Jesus e Avelino Lopes. As investigações apontam que o grupo cometeu crime de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, emissão de notas frias e corrupção ativa e passiva.

Tópicos: crime, processo, fraudes