Operação Topique: Justiça aceita nova denúncia contra suspeitos de fraude no transporte escolar

07/06/2021 14h26


Fonte G1


Imagem: ReproduçãoClique para ampliarO MPF informou que tem como provas quase quatro mil folhas de documentos, que vão desde registros de ligações, mensagens eletrônicas, cópia das conversas obtidas em aparelhos telef(Imagem:Reprodução)
 A Justiça Federal aceitou uma nova denúncia contra suspeitos de integrar o esquema de fraude em transporte escolar investigado pela Operação Topique, deflagrada em agosto de 2018. Na decisão, de 2 de junho, o juiz federal Agliberto Gomes Machado recebeu as acusações contra Luiz Carlos Magno Silva e outras oito pessoas.

Procurada pelo G1, a defesa de Luiz Carlos Magno Silva não foi encontrada para comentar.

Essa é a sétima ação penal ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) referente à operação. Os acusados foram denunciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e integrar organização criminosa.

Segundo a denúncia, Luiz Carlos Silva, que é apontado como líder do grupo, sacou 292 cheques faturados em nome da empresa licitada para realização do transporte escolar em algumas cidades do Piauí.

Além disso, o MPF afirma que o acusado adquiriu dois apartamentos no nome de outro investigado com recursos de origem ilícita. Luiz Carlos também é acusado de praticar falsidade ideológica doze vezes.

Dos oito investigados: quatro foram denunciados por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e integrar organização criminosa; um foi denunciado por falsidade ideológica e integrar organização criminosa, um por falsidade ideológica e outros dois por lavagem de dinheiro.

O MPF informou que tem como provas quase quatro mil folhas de documentos, que vão desde registros de ligações, mensagens eletrônicas, cópia das conversas obtidas em aparelhos telefônicos, depoimentos prestados diretamente à autoridade policial, relatórios da CGU, relatórios de inteligência financeira, inquéritos policiais relativos ao feito e a processos incidentais.

O órgão estima que o lucro obtido pelas fraudes em licitações e contratos de transporte escolar junto Secretaria de Estado da Educação (Seduc) foi de R$ 10.694.726,66.

“Luiz Carlos, enquanto líder e controlador do recursos arrecadados, também adquiriu, em nome de outro investigado, dois apartamentos em Teresina cujos valores totalizam R$ 1.518.600,00”, afirmou o órgão em nota.


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