Pacientes reclamam da falta de estrutura em hospital regional no PI
19/02/2015 09h05Fonte G1 PI
Imagem: G1 PIClique para ampliarUsuários denunciam condições precárias e falta de médicos na unidade.
Quem procura o Hospital Nossa Senhora do Livramento na cidade de José de Freitas, a 48 km de Teresina, reclama da falta de estrutura e da ausência de médicos no local. A canalização de oxigênio da unidade está totalmente enferrujada e não funciona há muito tempo. Para piorar a situação, as inalações são feitas com o nebulizador que fica no chão.
A chefe de enfermagem do hospital, Socorro Silva, admitiu a situação precária. "Hoje nós não temos canalização do oxigênio", disse. Na urgência, a espera por atendimento maltrata ainda mais os pacientes que já chegam precisando de tratamento. Muitos usuários chegam a esperar mais de três horas para serem atendidos.
"Só tem um médico e a gente espera e nunca chega a nossa vez. Só venho porque é o jeito", falou uma paciente. De acordo com a técnica de enfermagem do hospital, Helane Raquel Sousa, a demora ocorre porque existe apenas um único médico para fazer todos os tipos de atendimento.
"É porque tem muita gente e só tem um médico para fazer suturas, partos e tudo", justificou. Segundo os pacientes, em alguns dias a unidade fica sem nenhum médico para atender a demanda. Exames de ultrassom só são realizados uma vez por semana no hospital.
Além da falta de médicos, o local também enfrenta sérios problemas estruturais. Em um dos banheiros, a pia não tem sequer a torneira e a descarga do vaso sanitário não funciona. No corredor faltam lâmpadas e algumas portas estão quebradas. Para piorar a situação, os salários dos funcionários estão atrasados.
"O salário realmente está atrasado, mas todos os funcionários já estavam cientes. Em novembro, a secretária fez uma reunião com os funcionários e explicou a situação da prefeitura", disse a chefe de enfermagem.
O hospital é de responsabilidade do estado e do município e nunca foi reformado em seus 25 anos de existência. Além de José de Freitas, o hospital atende mais cinco municípios da região. A prefeitura informou que mantém o hospital como pode, mas que também depende do repasse do governo do estado para mantê-lo. Segundo a prefeitura o repasse está atrasado há seis meses.
De acordo com a assessoria do governo do estado, todos os repasses para hospitais do interior que estavam em atraso começaram a ser pagos na semana passada. Segundo a assessoria, até o final do mês a parcela mensal de todos os hospitais será regularizada.
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