Para sobreviver, venezuelanos começam a pedir doações em semáforos

30/05/2019 08h05


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarPara sobreviver, venezuelanos começam a pedir doações em semáforos.(Imagem:Cidadeverde.com)

Já se aproxima de 100 o número de venezuelanos em Teresina. O último grupo, com 20 imigrantes, chegou nesta terça-feira (28) e acampou na Praça Saraiva, no Centro da cidade. Para sobreviver, muitos já estão pedindo doações nos semáforos.

Na avenida Avenida Padre Humberto Pietro Grande, o Cidadeverde.com flagrou na manhã desta quarta-feira (29) uma venezuelana pedindo doações no cruzamento com a avenida dos Ipês. Ela estava acompanhada de três crianças. A mulher se protege do sol forte com uma sombrinha, o que não acontece com todos os menores.

Há registros também de imigrantes pedintes no cruzamento das avenidas Presidente Kennedy com Dom Severino,a zona Leste, e em semáforos na avenida Miguel Rosa, na zona Sul de Teresina.

No total, segundo a gerente do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) Norte, Tayra Ribeiro, já são 94 o número de imigrantes venezuelanos. Muitos deles não possuem documentos.

"Estamos no momento ainda de entender, de conhecer o perfil. Então está sendo feito um cadastro com um diagnóstico pra ver a situação dessas pessoas. O que vieram fazer? O que estão esperando com essa estada aqui? Esse cadastro é feito pela equipe de técnico dos Creas. A maioria deles não tem documentação. Estão sendo encaminhados ao MP para providenciar. Quando a gente está terminando de cadastrar um grupo, já chega outro",
explica a gerente.

O primeiro grupo a chegar em Teresina está abrigado na Associação de Pescadores do Poti Velho, na zona Norte da capital. Médicos voluntários e assistentes sociais monitoram a saúde dos imigrantes. Muitos estão gripados e com escabiose.

"Hoje eu acionei os gestores da Fundação Municipal de Saúde, já que eu fui informada de que estão chegando mais e eles não têm condições de ficarem nesse espaço. O gestores precisam se reunir e decidir se eles vão ficar",
declarou Nancy Loiola, enfermeira da UBS do Poti Velho.


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Tópicos: grupo, avenida, imigrantes