Perdas em arrecadação no Piauà podem chegar a R$ 1 bilhão, afirma EmÃlio Júnior
26/10/2023 09h05Fonte ClubeNews
As perdas em arrecadação do Governo do Piauí, em 2023, são estimadas em R$ 1 bilhão. O valor é superior à compensação de R$ 71 milhões projetada pelo Governo Federal quanto às quedas na tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias ou Serviços (ICMS) dos combustíveis.Os recursos serão depositados no mês de novembro. Por lei, o estado tem obrigação de repassar 25% aos municípios, além do pagamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O saldo líquido restante nas contas públicas será de R$ 31 milhões – equivalente a 3,1% das perdas.
Estados com pendências financeiras junto à União, em 2022, tiveram as dívidas abatidas. Sem dívidas diretas, o Piauí deverá receber o valor integral. Segundo o secretário de Fazenda do Piauí, Emílio Júnior, a receita é irrisória quando considerada a manutenção da máquina pública estadual.
“No estado do Piauí, não temos uma dívida direta com a União. Mas, por exemplo, nós fizemos uma operação de crédito com o Banco do Brasil e a União é a garantidora. Então, no caso dessa liminar foi justamente para suspender o pagamento dessas dívidas, onde a União foi garantidora. Sobre as perdas, nós temos uma previsão de mais de R$ 1 bilhão. É um valor insignificante [a compensação]”, destacou.
Imagem: Malu Barreto/ Portal ClubeNewsSecretário de Fazenda, Emílio Júnior.
Estados e municípios terão a arrecadação recuperada em R$ 27 bilhões. Deste pagamento, R$ 10 bilhões devem ser depositados até novembro de 2023, sendo que R$ 2,5 bilhões serão destinados exclusivamente às cidades e o restante será aos estados.
Reforma tributária
O relatório final da reforma tributária deverá retornar à Câmara dos Deputados após as mudanças implementadas no Senado Federal. De acordo com o secretário, os municípios serão beneficiados com o novo texto.
“Nós entendemos que para os municípios haverá um ganho. Quando a gente trabalhou a reforma tributária, a ideia era a gente ter uma carga mais ou menos equilibrada para todos para que não houvesse disparidade onde um setor paga um valor muito grande em tributos e outro setor, às vezes, fica sem pagar praticamente nada”, disse.
A Reforma Tributária extingue cinco impostos que serão substituídos por um novo imposto de alíquota única. O novo imposto terá uma parcela gerida pela União (Contribuição sobre Bens e Serviços, a CBS) e outra pelos estados e municípios (Imposto sobre Bens e Serviços, o IBS).