"Pessoas estão perdendo o medo do HIV", diz infectologista do PiauÃ
02/12/2016 08h52Fonte G1 PI
Na última quinta-feira (1) comemorou-se o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. A data é marcada com tristeza já que dados do Ministério da Saúde apontam que têm crescido o número de casos de AIDS no Brasil e também no Piauí. Segundo o infectologista Kleston Lages, esta situação se dá porque as pessoas deixaram de se preocupar com a gravidade da doença.“As pessoas estão perdendo o medo do HIV e é fato que o HIV hoje é uma doença que conviver com ela se tornou muito melhor que no passado. Eu noto uma falta, uma carência de informação por parte do governo em termos de campanhas de conscientização”, falou.
Por conta da data, enfermeiros, técnicos e funcionários da Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER)se mobilizaram. “A gente sabe que a situação da AIDS tem crescido a nível nacional e daí a importância de nós estarmos engajados nesse trabalho”, disse Elizabeth Gonçalves, enfeimeira chefe da maternidade.
Ainda segundo Elizabeth Gonçalves, também tem aumentado o número de transmissão vertical da AIDS, que é aquela passada da mãe para o filho, durante o período da gestação, no parto ou pelo aleitamento materno. Esse aumento tem levado as autoridades a repensarem os métodos de prevenção.
De acordo com dados da maternidade, 51 gestantes foram diagnosticadas como portadoras do vírus da AIDS no ano de 2011. Três anos depois, a quantidade de casos praticamente triplicou, o que acendeu um alerta para a necessidade de testes de HIV durante o pré-natal.
“Nós chamamos atenção dos profissionais de saúde do diagnóstico precoce e de toda a população do estado, profissionais de saúde, da questão do teste para se descobrir esse diagnostico que é a sorologia, focando ainda nos jovens e gestantes”, disse Karina Amorim, coordenadora estadual de DST da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí.
Na escola Liceu Piauiense, falar de prevenção é quase que matéria escolar, já que os professores acreditam que só assim é possível reduzir o avanço da doença que infectou mais de cinco mil pessoas na última década no estado do Piauí.
“Jovens estão tendo relacionamentos mais cedo, então eles precisam ter esse conhecimento, saber que o uso da camisinha se faz necessário para qualquer Doença Sexualmente Transmissível (DST)”, disse a professora Yara Ferry.
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