Piauà foi o estado do Nordeste onde população mais perdeu renda na pandemia, diz Sudene
04/08/2021 15h10Fonte G1 PI
Imagem: Aline MoreiraPiauí foi o estado do Nordeste onde população mais perdeu renda na pandemia, diz Sudene
O Piauí foi o estado do Nordeste (NE) onde os habitantes mais indicaram ter perdido renda por conta da pandemia da Covid-19, é o que afirma pesquisa divulgada pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional.
O levantamento realizado com representantes de entes governamentais, associações municipalistas, instituições de categorias profissionais, com o setor produtivo e parte da população, ouviu cerca de 3.200 pessoas, entre os meses de janeiro e abril deste ano.
Foram analisados fatores como renda, emprego, acesso a programas sociais, hábitos de consumo, saúde e educação.
A pandemia da Covid-19 afetou negativamente a renda de 59% dos entrevistados em todo o NE, sendo o Piauí o estado com maior impacto, de acordo com 79% dos questionados.
Em todos os estados, o impacto negativo foi maior entre os jovens adultos entre 31 e 40 anos (67%), com instrução até nível médio (60%) e renda até 1 salário mínimo (60%).
Novas habilidades
Além do impacto na renda, a pesquisa também verificou sobre a necessidade de aprender novas habilidades para continuar trabalhando durante a pandemia.
Neste ranking, Piauí ocupou a terceira oposição, com 82% dos entrevistados tendo respondido que tiveram que ter aptidão em outras práticas para seguirem atuando profissionalmente.
Auxílio às empresas
Os entrevistados também foram questionados sobre atuação do governo federal para ajudar as pessoas a superarem a crise causada pela pandemia.
De acordo com a Sudene, as principais expectativas da população se relacionam ao auxílio às empresas para geração de empregos, com o Piauí tendo o segundo maior percentual (70%) da pequisa.
Os entrevistados em todos os estados também relataram expectativas pela manutenção do programa renda emergencial (45%) e pelo investimento em vacinas (44%).
Setores com maior impacto negativo
Segundo os entrevistados, os setores de eventos, comércio varejista, de laticínios e de fruticultura foram os mais impactados pela pandemia.
A Sudene acredita que o levantamento é importante para o pós pandemia, porque, embora existam outros estudos e pesquisas sobre os efeitos do período, são poucos os recordes regionais, principalmente do NE.
A superintendência informou ainda que o levantamento forneceu informações estratégicas que possibilitam maior compreensão do fenômeno e seus desafios, além de contribuírem para o planejamento e articulação de políticas voltadas ao desenvolvimento da região.
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