Piauà possui 102 áreas de risco para inundação, deslizamento e alagamento, diz CPRM
24/02/2023 15h01Fonte cidadeverde.com
Imagem: Renato AndradeClique para ampliarPiauí possui 102 áreas de risco para inundação, deslizamento e alagamento, diz CPRM
O Piauí possui 102 áreas de risco para inundações, deslizamentos e alagamentos, é o que mostra o monitoramento realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM). De acordo com o órgão, um total de 43.877 pessoas habitam esses locais e estão sob risco.
Dentre as áreas monitoradas, foram identificadas 79 pontos de inundação, 15 de deslizamento, três de alagamento e cinco outros eventos geológicos. Deste total, 12 foram classificadas com risco muito alto (11%) e 90 com risco alto (88%).
O dado é preocupante, principalmente depois que um forte temporal provocou um deslizamento de terra no litoral do estado de São Paulo, deixando 36 pessoas mortas e mais de 2,4 mil desabrigados e desalojados.
De acordo com Sidney Barros, pesquisador em geociência e coordenador de projetos nas áreas de riscos do CPRM, a situação piauiense é similar à paulista por conta da similaridade da ocupação das áreas de risco próximas a encostas.
“É uma expansão urbana desordenada, ocupação de encostas íngremes, construções às vezes não muito adequadas e o próprio terreno que às vezes tem uma composição geológica também muito parecida, mas as proporções são diferentes”, pontuou o técnico.
No Piauí, Teresina lidera o ranking com dez áreas de risco geológico. “Entre os pontos críticos estão os bairros Vila da Paz, Vale do Gavião, Pedro Balzi, Parque Rodoviário e Vila Bandeirante”, listou o geólogo.
“O Pedro Balzi hoje é uma área de risco muito crítica em Teresina. É um local de preocupação onde se tem uma encosta íngreme com movimentação de terreno, deslizamento de bloco e que a distância entre a ocupação desordenada e a encosta é de cinco metros”, completou o coordenador do órgão.
Por conta dessa situação, o CPRM segue mapeando 49 municípios em todo o estado, emitindo boletins que auxiliam outros órgãos como as defesas civis, para elaboração de ações de prevenção ou de contingência em situações mais graves.
"Temos o esquema de alerta [...] estamos sempre distribuindo esses boletins quando o nível da água aumenta um pouco e o nível das chuvas atingem um nível considerado para que a população possa ficar sobreaviso”, concluiu Sidney Barros.
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