Piauí tem 1 advogado para cada 913 habitantes, diz pesquisa

17/08/2010 10h41


Fonte Fonte: Jornal Pequeno /Antonio Carlos

O Brasil é o segundo país do mundo com o maior de número de advogados, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Com mais de 27 Seccionais da OAB, o Brasil já superou a Índia e até mesmo a China - países mais populosos do planeta - em número de advogados. Um em cada 305 brasileiros é advogado. Se todos os advogados do Brasil se reunissem em uma única cidade, ela estaria entre as 30 mais populosas do país.

Reafirmando aquilo que ficou comprovado em estudos realizados em 2008, pesquisas recentes mostram que, apesar de possuir um número significativo de advogados, a distribuição destes profissionais no país em relação ao número de habitantes está diretamente ligada ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos Estados. Ou seja, regiões que possuem maior PIB per capita, tem população com melhor cobertura de advogados.

O Distrito Federal, por exemplo, possui o maior PIB per capita do país e tem um advogado para cerca de 140 pessoas. Já no Maranhão - onde são verificados os piores indicadores econômicos do país - cada profissional de advocacia atende a 1.337 habitantes, índice quatro vezes superior à média nacional, que na última pesquisa sobre o assunto era de 332 brasileiros por advogado. No Piauí, existe um advogado para uma média de 913 habitantes. No Ceará, um advogado atende cerca de 756 pessoas. No Pará, há um profissional de advocacia para cada 883 habitantes.

O Rio de Janeiro - terceira maior renda per capita do país - está em segundo lugar no ranking nacional. Lá, um um advogado atende a 154 habitantes. O Estado tem mais de 100 mil advogados em atividade. São Paulo, unidade da federação com o maior número de advogados - cerca de 200 mil - tem a segunda maior renda per capita do país e aparece em terceiro lugar no ranking, com um profissional de advocacia para cerca de 203 habitantes.

A tendência é de que melhore a distribuição de advogados em relação ao número de habitantes, vez que anualmente ingressam mais de 55 mil profissionais na advocacia, embora segmentos do mercado das classes C e D apresentem grandes demandas na área advocatícia e contam com poucos serviços profissionais para lhes atender.