Piauà tem a 7ª maior perda de qualidade de vida do paÃs e o 6º menor desempenho econômico
26/11/2021 14h41Fonte G1 PI
Imagem: Lucas MarreirosPiauí tem a 7ª maior perda de qualidade de vida do país e o 6º menor desempenho econômico
O Piauí teve a sétima maior perda de qualidade de vida do país e o sexto menor desempenho econômico entre 2017 e 2018, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (PQF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (26).
O Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV) é calculado com base em análise de temas relacionados às condições de vida dos brasileiros. O resultado do indicador varia entre zero e um, sendo que, quanto mais próximo de zero, menos perdas.
O cálculo apontou que o IPQV do Piauí foi de 0,213, abaixo da média nacional, que é de 0,158. O estado fica à frente apenas do Amazonas (0,216), Alagoas (0,218), Amapá (0,224), Acre (0,238), Pará (0,244) e do Maranhão (0,260).
O índice foi elaborado com base em informações monetárias, não monetárias e avaliações subjetivas. Nove temas foram considerados: renda; moradia; acesso a serviços de utilidade pública; saúde; educação; acesso aos serviços financeiros e padrão de vida; alimentação; transporte; lazer e viagem.
O IBGE informou que para possibilitar comparações adequadas também foram inclusos na análise fatores individuais e sociais específicos que afetam a conversão da renda em qualidade de vida.
Menor desempenho econômico
O instituto afirmou que devido ao elevado índice de perda de qualidade de vida, o Piauí também apresentou baixo Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS).
“Os dois indicadores são inversamente proporcionais: quanto mais alto o IPQV, mais baixo o IDS, pois as privações individuais enfrentadas pela população afetam o progresso de toda a sociedade”, explicou o órgão em nota.
Para mensurar o IDS, é utilizada uma fórmula que considera a renda disponível familiar e as perdas de qualidade de vida da população. O valor do IDS piauiense é o sexto menor do país, calculado em 5,462.
Apenas o Maranhão (4,897), Pará (5,099), Alagoas (5,264), Acre (5,318) e o Amazonas (5,357) possuem índices inferiores ao do Piauí. O maior IDS é do Distrito Federal, com o valor de 6,970. O Brasil tem indicador médio de 6,201.
No Piauí, o baixo IDS reflete as perdas de qualidade de vida em várias dimensões. Cerca de 20,2% do IDS do estado está relacionado às perdas no âmbito do acesso a serviços financeiros e padrão de vida, que envolve despesas com serviços financeiros e empréstimos, avaliação subjetiva da renda familiar e restrições de acesso a eletrônicos e eletrodomésticos.
Em seguida, o IDS do Piauí tem 19,3% do indicador relacionado às perdas na educação. Essa dimensão envolve despesas monetárias e não monetárias com educação, de acordo com o nível de ensino, e avaliação subjetiva do padrão de vida familiar com relação ao tema.
“Presença de criança ou adolescente fora da escola, pessoas analfabetas e pessoas que não concluíram etapas do ensino básico mesmo com idade suficiente para tal são alguns dos pontos analisados”, informou o IBGE.
E, em terceiro lugar em termos de peso no IDS do Piauí, cerca de 19,2% do indicador está ligado às perdas no acesso a serviços de utilidade pública por parte da população do estado.
A categoria analisa despesas e acesso a serviços de necessidades essenciais: água, esgotamento sanitário, luz elétrica, gás, e coleta de lixo. Também considera a avaliação subjetiva da qualidade dos serviços disponíveis.
O IDS do Piauí apresenta ainda a seguinte composição: 16,6% do indicador está relacionado às perdas de qualidade de vida com transporte e lazer; 14,8% relacionado às perdas com moradia e 9,9% relacionado às perdas com saúde e alimentação.
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