Piauà terá projeto para reeducar agressores de mulheres
21/06/2016 09h29Fonte Cidade Verde
Imagem: Divulgação
A promotora Amparo de Sousa Paz, coordenadora do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (Nupevid), anunciou que o Piauí vai implantar um projeto piloto para combater a reincidência de violência contra a mulher. Batizado de Reeducar, ele vai iniciar em julho com 10 homens que foram enquadrados na Lei Maria da Penha e que cumpriram pena por lesão corporal, ameaça e injúria contra mulheres.
Para a promotora, a ideia é que os agressores recebem informações e evitem praticar novos atos de violência. "O projeto vaio trabalhar a educação e reflexão, principalmente sobre as atitudes dos agressores para evitar reincidência nos crimes", pontua Amparo.
A promotora explicou que o modelo é semelhante a um que existe no Rio Grande do Norte e, no Piauí, acontece em parceria com a Coordenadoria Municipal de Política das Mulheres, Defensoria Pública, Ministério Público e Tribunal de Justiça. Dentro do projeto, os agressores irão receber abordagem sobre igualdade de gênero, Lei Maria da Penha, sobre saúde do homem e relação homem e mulher.
Segundo a promotora, os índices de violência contra a mulher vem crescendo no Estado e são dados assustadores. No ano passado, os casos de agressões contra as mulheres foi maior do que o número de acidentes de trânsito.
Abrigo Feminino
Com relação à Casa Abrigo Mulher Viva, a promotora Amparo Paz afirmou que já ajuizou ação civil pública em que denuncia diversas irregularidades nas instalações do espaço e disse que o último informe é que o juiz João Gabriel Furtado pediu uma posição do governo sobre o abrigo e aguarda uma resposta. Após a defesa do estado, o Juiz proferirá a sentença.
A casa abriga, além das mulheres, os filhos que também estavam expostos à situação de violência doméstica. O espaço tem capacidade de acolher dez pessoas por vez, entre mulheres e crianças e se encontra em péssimas condições, segundo visita técnica do Ministério Público.
A Casa Abrigo é a única disponível no estado para o acolhimento de mulheres e filhos, recebendo casos do interior e da capital, e já funciona há 11 anos.
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