Piauí teve média de três estupros de vulnerável por dia em 2023, aponta Anuário de Segurança

18/07/2024 21h25

Fonte ClubeNews

Em 2023, o Piauí registrou 1.179 estupros de vulnerável, uma média de 3,23 casos por dia, segundo os dados divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, nesta quinta-feira (18). Casos de estupro de vulnerável são aqueles em que a vítima é menor de 14 anos ou é incapaz de consentir por qualquer motivo, como deficiência ou enfermidade.

Os casos de estupro somaram 389, em 2023. Em ambos os crimes houve um crescimento nos registros. Em relação ao ano de 2022, estado registrou 1.103 casos de estupro de vulnerável, um aumento de 6,3%. Nos casos de estupro, o aumento foi de 6,6%, em relação a 2022, quando o Piauí contabilizou 365 registros.

O Piauí não foge a regra do cenário nacional. Segundo o Anuário, o número de estupros no Brasil cresceu e atingiu mais um recorde. Em 2023, foram 83.988 casos registrados, um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. O número representa um estupro a cada seis minutos no país.

A taxa média nacional das ocorrências de estupro e estupro de vulnerável foi de 41,4 por grupo de 100 mil habitantes no ano passado. O Piauí supera a média brasileira com 47,9 casos por grupo de 100 mil habitantes.

Em relação ao perfil das vítimas de violência sexual no Brasil, a maioria são crianças e pré-adolescentes de no máximo 13 anos.

As crianças de 0 a 4 anos representaram 11,1% das vítimas, as de 5 a 9 anos 18%, e aquelas entre 10 e 13 anos somaram 32,5%. Ou seja, vítimas com idade entre 0 e 13 anos constituem 61,6% dos estupros no Brasil. Se considerarmos vítimas de até 17 anos, “menores de idade”, temos 77,6% de todos os registros.

Além deste dado, o documento traz outros números de violência contra a mulher no Piauí.

• Em 2023 foram 28 feminicídios,
• três casos de feminicídio seguido de suicídio do autor do crime,
• 59 tentativas de feminicídio,
• 1.045 registros de stalking,
• 515 de violência psicológica,
• 3.416 ligações registradas ao 190 por violência doméstica,
• 14.900 ameaças a mulheres;
• 6.912 medidas protetivas de urgência concedidas pelo Tribunal de Justiça.

O anuário tem como base a análise dos boletins de ocorrência registrados pela Polícia Civil.