PM suspeito de matar policial na frente do filho responde processo por conduta ilegal em abordagem
02/02/2019 08h00Fonte G1 PI
O policial militar do Maranhão suspeito de matar o cabo Samuel de Sousa Borges, do Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BPRONE) a tiros na frente do filho, na sexta- feira (1), responde a processo por conduta ilegal em abordagem. De acordo com os autos da ação judicial, Francisco Ribeiro dos Santos Filho foi filmado agredindo um homem durante uma revista.No processo, o Ministério Público do Maranhão declarou que Francisco Ribeiro Filho e outros policiais abordaram um homem, mandaram que ele parasse sua motocicleta, o revistaram e, sem motivo que justificasse, passaram a agredi-lo, mesmo o suspeito não tendo esboçando reação. O órgão afirmou que a ação foi filmada por câmeras de vigilância.
Imagem: Divulgação/PM
O MP requereu da Justiça a punição prevista em casos de improbidade administrativa, mas a defesa do policial militar maranhense alegou ausência de provas e de elementos que caracterizem o crime. O processo foi aberto em maio de 2016 e a última movimentação foi feita no dia 8 de janeiro deste ano, mas ainda não houve julgamento.
Atualmente, o policial é lotado no 11º Batalhão da Polícia Militar do Maranhão, em Timon. Nesta sexta-feira (1), Francisco Ribeiro Filho foi preso em flagrante pela morte do cabo Samuel de Sousa Borges e levado para a Central de Flagrantes de Teresina.
Outro processo
Em julho de 2011, o policial foi acusado de agredir um homem durante abordagem e foi punido na esfera cível. Francisco Ribeiro Filho também respondeu a processo na Justiça Militar do Maranhão, mas a ação foi arquivada em 2014 sob afirmação de que o PM já havia enfrentado as devidas punições.
Espancamento
O policial maranhense chegou a ser atendido pelo Serviço Móvel de Urgência (Samu) e levado para o hospital para tratar de ferimentos que ele sofreu após a morte do cabo Samuel, quando algumas pessoas que estavam no local começaram a agredi-lo.
Francisco Ribeiro Filho fraturou o nariz e o maxilar em decorrência do espancamento. Devido ao estado de saúde, o suspeito não pôde prestar depoimento à Polícia Civil. Ele passará por audiência de custódia neste sábado (2).
Segundo o advogado de defesa dele, Francisco Silva, o policial ficará preso no presídio militar do Maranhão durante a fase de inquérito e deve prestar depoimento em até 10 dias.
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