PMs e bombeiros cobram aprovação de Lei de promoção parada na Alepi
17/11/2015 14h00Fonte G1 PI
Cerca de 30 policiais militares e bombeiros estiveram na manhã desta terça-feira (17) na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) para apresentar requerimento que deve ser acrescentado na nova Lei de Organização Básica da Polícia Militar. O documento reivindicando melhorias para as categorias foi entregue ao presidente da Casa, que marcou uma audiência pública para próxima semana.Para o presidente da Associação de Cabos e Soldados (Abecs), Algnaldo Oliveira, as categorias esperam ansiosos pela aprovação da lei, que desde outubro aguarda sanção do governador do estado. O projeto assegura as promoções de praças e oficiais, aumento no efetivo, cumprimento da carga horária de 44 horas semanais e melhorias nas condições de trabalho.
"O policial e o bombeiro do estado é desvalorizado, o que prejudica também o seu desempenho. É vergonhoso ver servidores com mais de 20 anos de profissão sem ter sido agraciado com uma promoção. Nós somos obrigados a trabalhar acima da carga horária sem receber e não tendo direito a folga", declarou.
Imagem: Catarina Costa / G1 PIPoliciais e bombeiros cobram aprovação de lei de promoção.
O ato realizado na Alepi faz parte da programação do movimento Juntos somos mais fortes, deflagrado nessa segunda-feira (16) pelos bombeiros e militares na tentativa de pressionar o governo para uma nova negociação. Caso isso não aconteça, as categorias ameaçam paralisar os serviços.
"Estamos cobrando apenas o nosso direito e melhorias de trabalho, isto inclui o aumento do efetivo e compra de material", falou o presidente da Associação dos Bombeiros e Militares do Piauí, Francisco da Cruz.
Francisco da Cruz lembrou ainda que o Piauí foi o estado que menos investiu em segurança pública, apenas R$ 18,48 por habitante ao longo do ano de 2014. Além disso, existem cinco cidades, algumas com mais de 7 mil habitantes, que contam um único policial militar.
"É necessário que a Polícia Militar readeque sua estrutura de proteção, se rearticule no território do estado. A sociedade e o policiais não podem arcar com ônus tão elevado", frisou.
Resposta
O secretário de segurança Fábio Abreu afirmou ter recebido todas reivindicações dos militares e repassado elas ao governador Wellington Dias. Sobre o movimento da categoria e possível paralisação, o gestor cobrou o cumprimento das escalas.
"O grande objetivo nosso é o diálogo. Pretendemos acompanhar a categoria, o governador já se mostrou sensível a esta questão, e ainda estamos dentro do prazo de 30 dias para a resposta da Lei de Organização Básica da Polícia Militar. Temos tempo para responder as reivindicações das associações e com certeza acharemos uma solução tranquila para o problema", alegou.
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